Por recursos entende-se tudo aquilo que
pode ser agregado ao discurso para
aprimorar a comunicação e maximizar o
impacto da apresentação.
Esses
recursos podem incluir:
• apresentação em slides;
• aplicação de tipos textuais discursivos;
• vídeos e animações;
• infográficos e diagramas;
• exemplos e estudos de caso;
• citações e referências;
• interatividade;
• histórias e anedotas;
• gráficos e dados;
• recursos audiovisuais;
• demonstrações práticas;
• questionamentos e reflexões.
E como saber quando utilizar tais
recursos? Isso vai depender do tipo de
discurso que você deseja apresentar
e, claro, do seu público-alvo.
Vamos ver alguns exemplos de
cenários distintos e como os recursos
podem ajudar a agregar valor a um
discurso.
Discurso político
Microfone: para garantir que todos os presentes
possam ouvir claramente o discurso. Microfones
sem fio oferecem liberdade de movimento;
Púlpito: oferece um suporte para notas e materiais,
além de proporcionar uma base sólida para a
postura do orador;
Linguagem corporal: postura ereta e gestos amplos
para transmitir confiança e autoridade;
Tom de voz: deve ser forte e convincente para
transmitir entusiasmo e liderança;
Números e dados estatísticos: utilizados para
evidenciar a urgência ou o sucesso de políticas
propostas. Apresentar estatísticas sobre questões
importantes (como desemprego, saúde,
segurança) reforça a argumentação e mostra a
necessidade de ação.
Apresentação de negócios
Slides visuais: utilizar slides com design limpo e profissional que
destaquem os pontos principais, com gráficos e tabelas que
ilustram dados financeiros e de mercado;
Gráficos e números: gráficos de barras, linhas e pizza ajudam a
visualizar tendências e comparações. Tabelas e relatórios
financeiros detalhados oferecem informações precisas;
Infográficos: resumem informações complexas de forma visual
e atraente, facilitando a compreensão de dados e processos;
Vídeos curtos: demonstrações de produtos ou depoimentos de
clientes ajudam a mostrar a eficácia de soluções propostas;
Demonstrações ao vivo: apresentar o produto ou serviço em
ação pode ser mais eficaz do que apenas falar sobre ele;
Comportamento e linguagem corporal: manter uma postura
aberta e confiante, com contato visual frequente, transmite
segurança e credibilidade. Evitar cruzar os braços ou parecer
distraído ajuda a manter o público engajado.
Reunião de vendas
Demonstração prática: permite que os clientes vejam o produto
em funcionamento, o que pode ser mais convincente do que
apenas descrições;
Depoimentos de clientes: vídeos ou citações de clientes satisfeitos
ajudam a construir credibilidade e confiança;
Slides elencando benefícios do produto: destacam as principais
vantagens e características do produto, com imagens e gráficos
que evidenciam os benefícios;
Questionamentos: perguntas abertas ajudam a identificar as
necessidades e preocupações do cliente, permitindo personalizar a
apresentação;
Folhetos e materiais de apoio: oferecem informações detalhadas
que os clientes podem levar para revisão posterior;
Comportamento e linguagem corporal: utilizar uma postura
receptiva e engajada, com gestos que mostrem entusiasmo pelo
produto, pode aumentar a confiança do cliente. Manter contato
visual e demonstrar escuta ativa ajuda a criar uma conexão mais
forte.
Palestra ou apresentação acadêmica
Slides detalhados: devem incluir texto conciso, gráficos,
diagramas e imagens que complementem e esclareçam o
conteúdo da palestra;
Gráficos e diagramas explicativos: facilitam a compreensão
de dados complexos e processos teóricos;
Citações de estudos: referenciam pesquisas e teorias
relevantes, proporcionando fundamentação acadêmica;
Infográficos: resumem visualmente informações e conceitos chave para melhor compreensão;
Perguntas e discussões interativas: envolvem o público e
promovem a reflexão crítica sobre o conteúdo apresentado;
Comportamento e linguagem corporal: manter uma postura
ereta e usar gestos para enfatizar pontos importantes ajuda a
manter a atenção dos alunos. Evitar leitura excessiva de notas
e usar contato visual com a audiência engaja mais
efetivamente
Discurso motivacional
Histórias e anedotas inspiradoras: conectam
emocionalmente com o público e exemplificam as
mensagens motivacionais;
Vídeos motivacionais: podem apresentar histórias de
superação e sucesso, reforçando a mensagem do
discurso;
Citações inspiradoras: de figuras famosas ou
especialistas que acrescentam credibilidade e reforçam o
tema motivacional;
Slides com mensagens-chave: destacam as ideias
principais do discurso, com frases impactantes e imagens
que reforçam a mensagem;
Linguagem corporal enérgica: manter uma postura ereta
e usar gestos amplos e expressivos para enfatizar a
mensagem ajuda a transmitir energia e entusiasmo. Evitar
uma postura fechada ou desanimada é crucial para
manter o público engajado e inspirado.
Aula ou workshop educacional
Slides educacionais: devem ser claros e concisos, com
pontos principais, imagens e exemplos práticos;
Vídeos instrutivos: ajudam a ilustrar conceitos difíceis de
explicar apenas com palavras;
Atividades práticas: permitem que os participantes apliquem
o que aprenderam, promovendo uma aprendizagem ativa;
Material de leitura e recursos adicionais: fornecem
informações adicionais para aprofundamento dos tópicos
abordados;
Feedback interativo: sessões de perguntas e discussões
ajudam a avaliar o entendimento e ajustar a abordagem
conforme necessário;
Comportamento e linguagem corporal: adotar uma postura
aberta e acessível, com gestos que incentivem a
participação, cria um ambiente mais acolhedor e favorável
ao aprendizado. Evitar uma postura rígida ou distante ajuda a
facilitar a interação e o engajamento dos participantes.
Quais recursos Will Stephen utilizou em sua apresentação para
tornar o discurso mais eficaz e envolvente?
Na sua opinião, o tom de voz, a presença de humor e a linguagem
corporal impactam na recepção de uma apresentação?
Por quê?
De que maneiras o uso de tecnologia, dados e imagens contribui
para a clareza e persuasão de uma palestra?
Como Tim Urban utiliza recursos visuais
(slides, imagens, gráficos) para tornar seu
discurso mais envolvente?
De que maneira os recursos visuais
contribuem para a mensagem transmitida
no vídeo?
Narração; storytelling; narração aplicada ao
discurso; descrição; apresentando uma pessoa;
descrição aplicada ao discurso; injunção;
orientando a plateia; injunção aplicada ao discurso.
(EMIFLGG02) Levantar e testar hipóteses sobre
a organização, o funcionamento e/ou os
efeitos de sentido de enunciados e discursos
materializados nas diversas línguas e
linguagens (imagens estáticas e
em movimento; música; linguagens corporais
e do movimento, entre outras), situando-os no
contexto de um ou mais campos de atuação
social e utilizando procedimentos e linguagens
adequados à investigação científica.
Texto 1
Era uma vez, em um reino distante, uma jovem princesa chamada
Branca de Neve. Ela vivia com sua madrasta, a rainha má, que
tinha inveja de sua beleza. Um dia, a rainha ordenou que um
caçador levasse Branca de Neve à floresta e a matasse. No
entanto, o caçador, comovido pela inocência da princesa, decidiu
deixá-la escapar.
Texto 2
A pequena casa na floresta era encantadora. Tinha paredes de
madeira e um telhado de palha que parecia brilhar sob o sol. No
jardim, flores coloridas dançavam ao vento, e um pequeno riacho
corria ao lado da casa, produzindo um som relaxante. Dentro da
casa, os móveis eram simples, mas acolhedores.
Texto 3
Para se proteger da rainha má, siga estas instruções:
Evite sair sozinha na floresta;
Confie apenas nas pessoas que conhece bem;
Não aceite presentes de estranhos, especialmente frutas;
Se sentir perigo, esconda-se na casa dos anões e espere até a
ameaça passar.
Texto narrativo
Por exemplo: Era uma vez, em um reino distante, uma jovem
princesa chamada Branca de Neve. Ela vivia com sua
madrasta, a rainha má, que tinha inveja de sua beleza. Um dia,
a rainha ordenou que um caçador levasse Branca de Neve à
floresta e a matasse.
• Relata eventos reais ou fictícios.
• Envolve personagens, cenários, eventos e
ações.
• Caracterizado por uma sequência lógica
de acontecimentos em evolução
temporal.
• Orador assume a perspectiva de
observador.
• Cria um enredo que o leitor acompanha
como espectador dos episódios descritos.
Por exemplo: Era uma vez, em um reino distante, uma jovem
princesa chamada Branca de Neve. Ela vivia com sua
madrasta, a rainha má, que tinha inveja de sua beleza. Um dia,
a rainha ordenou que um caçador levasse Branca de Neve à
floresta e a matasse.
Texto narrativo aplicado ao
discurso
Texto descritivo
Permite ao leitor visualizar ou imaginar detalhadamente o descrito.
• Tempo referencial é simultâneo à descrição.
• Orador pode situar o relato em qualquer momento em relação à enunciação.
Descreve características de seres, objetos, ambientes ou cenas, utilizando
descrições sensoriais que envolvem os sentidos, como:
• Olfato: cheiroso, perfumado
• Tato: macio, áspero
• Visão: brilhante, colorido
• Audição: suave, estridente
• Paladar: doce, amargo
Texto descritivo
Por exemplo: A pequena casa na floresta era encantadora. Tinha paredes de
madeira e um telhado de palha que parecia brilhar sob o sol. No jardim, flores
coloridas dançavam ao vento, e um pequeno riacho corria ao lado da casa,
produzindo um som relaxante.
Texto descritivo aplicado
ao discurso
Reproduzir até o minuto 2.
Texto injuntivo
Injunção orienta e indica ações
específicas.
• Utiliza modo imperativo para instruir o
leitor.
• Orador dá comandos ou diretrizes
para tarefas.
• Tempo referencial é posterior à
enunciação.
• Foco na execução das ações propostas
pelo orador.
Por exemplo: Para se proteger da rainha má, siga estas instruções:
• Evite sair sozinha na floresta;
• Confie apenas nas pessoas que conhece bem;
• Não aceite presentes de estranhos, especialmente frutas.
Texto injuntivo
aplicado ao
discurso
Construindo o conceito
Agora que vocês já se aprofundaram sobre os tipos textuais narração, descrição e injunção,
vamos colocar o conhecimento em prática.
Vocês trabalharão em grupos para transformar o texto abaixo em três versões diferentes, cada
uma seguindo um dos tipos textuais estudados. Vamos ao desafio!
"Júlia entrou na sala de aula. Ela olhou ao redor e viu que a mesa do professor estava
organizada, com uma pilha de papéis ao lado do computador. O relógio na parede marcava 14h
e, ao fundo, um feixe de luz entrava pela janela parcialmente aberta.“
Oralidade, leitura e escrita
Projeto: discurso escrito
Ensino Médio
Aula 2
Características de um bom discurso
(EMIFLGG02) Levantar e testar hipóteses sobre a
organização, o funcionamento e/ou os efeitos de
sentido de enunciados e discursos materializados
nas diversas línguas e linguagens (imagens estáticas
e em movimento; música; linguagens corporais e do
movimento, entre outras), situando-os no contexto de
um ou mais campos de atuação social e utilizando
procedimentos e linguagens adequados à
investigação científica.
• (EMIFLGG10)Avaliar como oportunidades,
conhecimentos e recursos relacionados às várias
linguagens podem ser utilizados na concretização de
projetos pessoais ou produtivos, considerando as
diversas tecnologias disponíveis e os impactos
socioambientais.
Projeto: discurso escrito
Vocês vão criar um discurso escrito sobre como se imaginam no futuro e
sobre quais caminhos traçarão para alcançar esses objetivos. O objetivo é
aplicar técnicas de oratória para produzir um texto que mostre suas visões e
planos para o futuro.
Instruções
Defina a intenção do seu discurso: motivar a si mesmo, inspirar os outros ou
apresentar um plano claro e detalhado.
Faça uma breve pesquisa sobre as áreas ou as carreiras em que você está
interessado e que ajudarão a fortalecer o seu discurso.
Projeto: discurso escrito
Decida em qual área ou carreira você está interessado e como planeja se
inserir nesse campo. Considere o tempo necessário para alcançar seus
objetivos e os passos necessários para a preparação.
Crie um plano para o seu discurso, definindo a introdução, o
desenvolvimento e a conclusão. Pense em como cada parte pode se
conectar para contar uma história clara e convincente sobre o seu futuro.
Siga o modelo do próximo slide.
Projeto: discurso escrito
Durante a aula
Individual
3
4
Escolha um dos tipos textuais que estudamos na aula anterior (narração,
injunção e descrição) para elaborar seu texto.
Certifique-se de que o discurso seja conciso, claro e bem estruturado,
cobrindo todos os pontos importantes sem ser excessivamente longo.
Introdução: forneça um panorama geral do seu discurso. Apresente-se e
descreva brevemente a área ou a carreira de interesse, mencionando o
propósito do discurso e uma visão geral dos passos que você tomará
(atividades, estudos etc.).
Desenvolvimento: detalhe seus objetivos futuros e os passos específicos
para alcançá-los. Explique os requisitos, as atividades e as experiências
necessárias para se inserir na área escolhida. Inclua uma análise do
tempo necessário e da maneira que você planeja superar desafios.
Conclusão: resuma os principais pontos abordados no desenvolvimento
e reafirme seu compromisso com seus objetivos. Conclua com uma
mensagem inspiradora ou um plano concreto para o futuro.
quinta-feira, 26 de setembro de 2024
(EMIFLGG02) Levantar e testar hipóteses
sobre a organização, o funcionamento
e/ou os efeitos de sentido de enunciados e
discursos materializados nas diversas
línguas e linguagens (imagens estáticas e
em movimento; música; linguagens
corporais e do movimento, entre outras),
situando-os no contexto de um ou mais
campos de atuação social e utilizando
procedimentos e linguagens adequados à
investigação científica.
A concisão é uma habilidade vital na comunicação eficaz. Ao ser breve e direto,
você garante que sua mensagem seja clara, memorável, e impactante,
respeitando o tempo do público e facilitando a compreensão e a tomada de
decisões.
Desenvolver essa habilidade pode significativamente melhorar sua capacidade de
defender ideias e persuadir audiências.
Seguindo essa linha de raciocínio, especialistas em negociação e vendas criaram
um conceito para facilitar uma abordagem mais direta: o pitch.
Há quem defenda o princípio de que qualquer ideia pode ser compartilhada em
uma viagem de elevador, ou seja, para convencer alguém do que você acredita,
basta um pequeno texto.
Tome nota
Um pitch é uma apresentação concisa e persuasiva de uma ideia,
produto, ou projeto, geralmente feita com o objetivo de captar a
atenção de um público específico, como investidores, clientes ou
parceiros.
Exemplos de pitch
Antes de vermos as características de um bom pitch, vamos
ver alguns exemplos. Enquanto assiste, observe o uso das
técnicas de oratória que você já aprendeu. Será que você
acerta qual é o melhor pitch?
Vantagens do pitch – Parte 1
Vantagens do pitch – Parte 2
Exemplos de pitch
Quer saber qual foi o pitch vencedor e o porquê?
No vídeo a seguir, está a continuação do anterior. Aprenda
com os feedbacks do investidor.
Tipos de pitch – Parte 1
Tipos de pitch – Parte 2
Criando um pitch
Agora, vamos treinar a execução de um pitch, e o assunto será aquele que você
mais domina: você mesmo. A rigor, você vai recriar a sua autoapresentação.
Imagine que você foi convidado para um jantar com reitores de faculdades
particulares, dispostos a conceder bolsa integral para alguns alunos. Você sabe
que muitas pessoas vão tentar essas vagas, e você tem, no máximo, 1 minuto para
convencer esses reitores de que você merece uma delas.
Estratégias da oratória numa entrevista
de emprego
Oratória na entrevista de
emprego
Aula 9
Oratória - 2ª e 3ª série
Objetivos da Aula
Identificar elementos da oratória aplicáveis
ao momento de entrevista de emprego.
Habilidade
(EMIFLGG02) Levantar e testar hipóteses
sobre a organização, o funcionamento
e/ou os efeitos de sentido de enunciados e
discursos materializados nas diversas
línguas e linguagens (imagens estáticas e
em movimento; música; linguagens
corporais e do movimento, entre outras),
situando-os no contexto de um ou mais
campos de atuação social e utilizando
procedimentos e linguagens adequados à
investigação científica.
Objetivos da Aula
Recursos Didáticos
Um mundo em constante evolução e transformação requer
inovações. Soluções originais para novos problemas só podem
vir de uma mente capaz de fazer conexões.
Os profissionais mais bem-sucedidos em suas funções têm uma
característica em comum: eles pensam fora da caixa.
O que você entende por pensar fora da caixa?
Como podemos nos preparar para um futuro trabalho em
atividades que ainda não foram inventadas?
Em um mundo de mudanças...
Novas invenções têm transformado o mundo de maneiras inimagináveis, desde a
automação de processos industriais até avanços na inteligência artificial que
revolucionam a forma como interagimos com o mundo digital.
Essas inovações facilitam a vida cotidiana e criam novas oportunidades no
mercado de trabalho, exigindo que os profissionais se adaptem e adquiram novas
habilidades.
As empresas estão buscando candidatos com soft skills e privilegiam as pessoas
que conseguem se destacar em um cenário de rápida evolução; para isso, estão
reformulando suas estratégias de recrutamento. A capacidade de se adaptar
rapidamente às mudanças se tornou essencial durante o processo seletivo.
Exemplos de soft skills
No mercado de trabalho, pessoas
criativas são agora mais valorizados
do que nunca, pois as empresas
buscam talentos que possam trazer
uma nova perspectiva e impulsionar
o progresso.
Nesse contexto, as entrevistas de
emprego se tornaram uma
plataforma para os candidatos
demonstrarem não apenas suas
habilidades técnicas, mas também
sua capacidade de pensar fora da
caixa e contribuir para a cultura de
inovação da empresa.
Para uma boa entrevista de emprego
ATIVIDADE
Em grupos de até quatro pessoas, elaborem perguntas que avaliem adequadamente as soft
skills que vocês julgarem mais relevantes.
Lembrem-se de fazer perguntas que exijam criatividade na resposta, para que depois seja
possível avaliar essa característica.
• Evitem perguntas “casca de banana”, ou seja, que tenham uma intenção obscura ou uma
resposta esperada, pois estas são construídas apenas com o intuito de prejudicar o candidato.
• Evitem também perguntas cujas respostas sejam apenas “sim” ou “não”.
• Exemplo de pergunta ruim: “você trabalha bem em equipe?”.
• Exemplo de pergunta boa: “conte uma experiência positiva de um trabalho em equipe de
que você participou”.
O humor utiliza o exagero como estratégia
para provocar o riso. No vídeo ao lado, é
óbvio que existem algumas reações
exageradas pelo efeito humorístico.
Entretanto, são apresentados alguns
comportamentos e reações que podem ser
postos em prática por qualquer pessoa no
momento de entrevista de emprego.
Você consegue identificar?
Quais respostas da entrevista poderiam ser
minimamente adaptadas para serem
colocadas em prática na vida real?
Quais não seriam recomendadas?
Análise da entrevista
Antes de analisarem as respostas, façam uma análise coletiva sobre as perguntas.
Houve alguma pergunta desnecessária?
Houve alguma pergunta que poderia ter sido mais bem elaborada?
Alguém improvisou alguma pergunta que se tornou essencial para a conversa?
Habilidades
• (EMIFLGG02) Levantar e testar hipóteses
sobre a organização, o funcionamento
e/ou os efeitos de sentido de enunciados e
discursos materializados nas diversas
línguas e linguagens (imagens estáticas e
em movimento; música; linguagens
corporais e do movimento, entre outras),
situando-os no contexto de um ou mais
campos de atuação social e utilizando
procedimentos e linguagens adequados à
investigação científica
A seguir, você verá um vídeo que apresenta diferentes posturas corporais em
diferentes situações que envolvem o comércio.
Trata se de um comercial, mas seu foco não estará direcionado para o produto ou o
serviço que está sendo mostrado. A mensagem geral também pode ser discutida
em outro momento; seu foco estará nas posturas corporais e técnicas de rapport
utilizadas pelas pessoas.
Na sua análise, considere as seguintes perguntas a serem discutidas em grupo após
assistirem ao vídeo.
Por que a simpatia e o bom atendimento às vezes são mais importantes do que
o preço?
Por que deixamos a postura de pessoas desconhecidas nos prejudicar?
Ter consciência das técnicas de rapport que foram aplicadas conosco pode nos
ajudar a driblá-las.
Você viu no vídeo uma sequência de interações sociais no meio comercial.
Não foi necessário ouvir o que as pessoas estavam falando para entender o
contexto de cada cena, pois a postura corporal em cada cenário revelou as
intenções em cada situação.
A ideia de que nosso corpo fala não é de hoje. Em muitos momentos de
socialização, dependemos da nossa postura corporal e da nossa gesticulação
para expressarmos adequadamente aquilo que queremos dizer.
Um bom orador tem consciência disso e usa essas técnicas de rapport em
seu benefício, especialmente quando vai se apresentar a uma pessoa
desconhecida.
O rapport é o conjunto de técnicas, conscientes ou não, que as
pessoas podem aplicar para gerar entrosamento imediato com
qualquer outra pessoa.
Para podermos aplicar bem as técnicas de rapport, é
imprescindível treinar; fazer isso com alguém que também
entenda do assunto dá oportunidade de receber feedbacks.
O anti-rapport é um conjunto de dicas que podem ser utilizadas
por qualquer pessoa para sinalizar a alguém que você não tem
interesse em estabelecer contato. Muitas dessas dicas já são feitas
naturalmente.
Rapport é um termo em francês “rapporter” e significa “trazer de volta” ou “criar uma relação”. É importante, seja para sua relação profissional ou pessoal. Nos termos de marketing, é uma técnica que os representantes de vendas usam para criar afinidade com os leads e passar uma sensação de confiança. Construir um relacionamento forte e fluido com o seu cliente lhe dará mais influência, fazendo com que ele venha a se tornar seu cliente a longo prazo. As técnicas de rapport são baseadas em prol da psicologia comportamental.
Para isso, vamos citar exemplos dessas técnicas e aprender a colocar em prática.
Espelhamento: pessoas são mais propensas a gostarem de pessoas que são semelhantes a si mesmas. Você pode adotar um posicionamento de linguagem corporal inspirado no seu cliente para tentar criar uma conexão, mostrando que você está sintonizado com os sentimentos e pensamentos dele, fazendo com que o inconsciente da outra pessoa entenda que vocês são parecidos, consequentemente fazendo seu cliente se sentir mais confortável e tranquilo.
Mostrar interesse: as pessoas são naturalmente focadas em si mesmas. Um vendedor terá dificuldade em construir um relacionamento se focar apenas em fechar o negócio. Mostrar interesse, ouvir suas necessidades e criar soluções ajudará a estabelecer uma conexão e relação amigável com o consumidor.
Bom ouvinte: significa dar toda a sua atenção a alguém que está falando. É uma habilidade de comunicação importante, para entender suas dores e, além de dar abertura ao próximo e envolver honestidade, ajuda a criar um contato mais íntimo com o cliente.
Faça perguntas: após aprender um pouco da linguagem corporal e conhecer mais o seu cliente, é hora de agir e quebrar o gelo. Escute sobre o que ele gosta e sobre suas dores, depois mostre-se interessado e comece a fazer perguntas (sem ser muito invasivo). Com essas perguntas, vocês vão se engajar em uma conversa e assim descobrir coisas em comum; arrancando informações e transformando elas em uma chave importante para seu relacionamento geral entre funcionário e cliente.
Ser positivo: uma pessoa positiva é cativante, independente do contexto. Mesmo se a pessoa não estiver na mesma sintonia que a sua, manter a postura provavelmente a fará baixar um pouco a guarda, fazendo-a entender que você está ali por ela. Construir uma comunicação/relacionamento com profissionalismo e de maneira educada vai lhe fazer ganhar pontos.
Construir essa conexão com o cliente é essencial para concretizar a venda com maior sucesso e fluidez, além de manter um contato mais intenso, amigável, honesto e confortável. Vale lembrar que usar a psicologia do rapport também serve para uso pessoal, além do profissional. Gostou da dica?
•
(EMIFLGG02) Levantar e testar hipóteses sobre a organização, o funcionamento
e/ou os efeitos de sentido de enunciados e discursos materializados nas
diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em movimento; música;
linguagens corporais e do movimento, entre outras), situando-os no contexto de
um ou mais campos de atuação social e utilizando procedimentos e linguagens
adequados à investigação científica.
Mister M é o pseudônimo do mágico Val Valentino, que ficou famoso
por revelar os truques de mágica mais comuns para o mundo.
Considerando a revelação do truque que você viu anteriormente,
discuta com sua turma:
Você gosta de saber como os truques
de mágica são feitos? Por quê?
Você considera a mágica
apresentada bem elaborada?
Existem pessoas que acreditam em mágica. Há muitas outras, entretanto, que
sabem que se trata apenas de truques. Não é porque a pessoa sabe como é feito o
truque que ela vai conseguir necessariamente reproduzir.
Todavia, em Oratória, existem alguns truques que, quando a gente
descobre como eles são feitos, basta um pouco de treinamento e uma
atenção redobrada para conseguir reproduzi-los.
• De todas as temáticas estudadas até agora, houve alguma que você
não conseguiu reproduzir?
• Compartilhe com seus colegas quais têm sido os seus maiores
desafios em relação à Oratória.
Nesta aula, vamos apresentar mais uma técnica que pode te ajudar em
momentos que você precisar discursar, mas que pode também ser
bastante útil nas suas interações sociais e diárias.
A técnica tem nome estrangeiro:
rapport. Você vai perceber que não é
necessário conhecer outra língua para aplicá-la.
O
que é rapport?
Hábitos
de atenção
O rapport é uma técnica estudada no ramo da
Psicologia e diz respeito a encontrar formas de fazer uma ligação com a pessoa
com quem você está falando sem ser necessariamente pela linguagem verbal. Ela é
utilizada em diversas áreas, como psicologia clínica, entrevistas
investigativas, processos de seleção de pessoas, vendas, política e negociações
diversas. Esses “truques” sociais ainda não têm completo embasamento
científico, mas são bastante comuns de serem utilizados, a fim de estabelecer
uma relação pessoal, especialmente com pessoas a quem não se conhece ou se
conhece há pouco tempo. Estudar o rapport é útil não somente para aplicá-lo,
mas também para saber como se “defender” dele.
Rapport
do dia a dia
Escuta
atenta
Ouvir é apenas um processo natural do corpo
humano. Escutar vai além; diz respeito a prestar atenção no que está sendo
dito.
Em
tempos de atenção contínua aos nossos celulares, manter o olhar no olho da
pessoa com quem você fala também é uma forma de se mostrar presente.
Rapport
do dia a dia
Nome
verbalizado
O
nome da pessoa é a sua definição mais básica. Dizer o nome dela é uma forma de
valorizá-la.
Reações adequadas
Ao
escutar atentamente, sua reação precisa condizer com o que está sendo falado:
sorrir para coisas alegres é um exemplo.
Perguntas
constantes
Para
manter o diálogo, não basta apenas concordar com o que está sendo dito; é
importante fazer perguntas para evoluir a conversa.
Quando aplicam rapport comigo
Existem
muitas pessoas que conhecem as técnicas de rapport e as aplicam continuamente,
às vezes de forma tão automática que parece ser natural. Uma das situações mais
comuns é em interações entre comprador e vendedor. Comumente, os vendedores
tentam nos oferecer produtos e serviços dos quais não precisamos e/ou não
queremos, mas podemos ser persuadidos a partir de um vínculo pessoal que foi
criado quase que instantaneamente, embora tenha sido artificial e passageiro.
CONSTRUINDO O CONCEITO - PUXE MAIS!!!
O que pode dar errado?
Agora que você conheceu as principais técnicas
de rapport,
assista ao vídeo a seguir e tente
identificar o que não foi feito adequadamente
Compreender as diferentes técnicas para
uma boa autoapresentação;
Identificar formas positivas de apresentar
um discurso improvisado.
Afinal, quem é você?
Há quem pense que se definir é se limitar, mas é melhor pensar que se definir é fazer
escolhas. Apesar de você ser muitas coisas, a depender do lugar e das pessoas que
perguntam, definir-se é escolher o que você quer e/ou precisa mostrar.
Entretanto, a jornada de autoconhecimento é necessária e recomendável. O assunto
sobre o qual cada pessoa tem mais segurança de falar é ela mesma, mas mesmo
esse assunto pode se tornar vago e superficial se o autoconhecimento for assim.
Nesta e nas próximas aulas, vamos pensar um pouco sobre quem nós somos para
pensar em como nos apresentar para um mundo que, constantemente, questiona:
“quem é você?”.
Elízio (2021) define autoapresentação como “um gênero textual-discursivo que tem
por finalidade principal apresentar ao interlocutor o enunciador da forma
imaginativa que este se vê. É o ‘reflexo’ do apresentador descrito por ele mesmo.”
Sendo assim, qualquer momento de autoapresentação será subjetivo, isto é,
apenas uma visão interpretativa a respeito de si mesmo.
Como dito anteriormente, não é se limitar, mas escolher os elementos que se quer
e/ou precisa revelar, a depender de um recorte com base no que a pessoa pensa
de si mesma.
Para esse momento, pelo menos três elementos indispensáveis precisam ser
considerados, conforme descritos no slide a seguir.
Mesmo que peguem você de surpresa,
a ponto de você ficar nervoso para falar
algo, improvisar não tem a ver com
inventar, mas em não ter se preparado
para organizar a fala.
Entretanto, quando se fala de si mesmo,
o assunto já está dominado, então só é
necessário considerar contexto,
objetivo e essência, mas de forma
rápida.
Improvisar também exige técnica e, por mais
que não seja possível ensaiar, é possível
treinar.
Para isso, é possível tentar se enxergar nos
mais variados contextos. Muitas pessoas
imaginam que estão sendo entrevistadas ou
que estão dando uma palestra. Ainda que
possa soar como brincadeira a ser feita de
forma privada, essa é uma estratégia para se
preparar para cenários diversos.
Preparando um discurso em segundos
1-Monte um esquema mental
Traçar rapidamente uma linha de
raciocínio para a sua fala pode
ajudar. Se possível, anote os tópicos.
2- Estabeleça a mensagem
central
O que você não pode deixar que as
pessoas saiam sem saber?
Qual o
principal motivo de você estar ali?
3- Estabeleça a mensagem
central
O que você não pode deixar que as
pessoas saiam sem saber? Qual o
principal motivo de você estar ali?
4- Pergunte
Em vez de monopolizar a fala, faça
perguntas e deixe seu público falar
enquanto você pensa.
5- Repita
A mesma informação pode ser dita
de maneiras diferentes e repetir um
dado pode ajudar a ganhar tempo.
6- Permita-se parar
Quando o assunto acabar, não é
problema parar. Saber parar é tão
importante quanto saber continuar.
Autoconhecimento é um desafio
O equilíbrio adequado de saber quais são os seus limites e quando você pode ir
além é um desafio diário. Existem determinados contextos difíceis que a gente
deveria enfrentar, pensando em crescer, aprender e se desenvolver. Porém, há
muitos outros que vão além dos nossos limites e nós não deveríamos encará-los,
porque podem nos prejudicar, não só imediatamente, mas também em longo prazo.
Você consegue pensar em um contexto que está além das suas capacidades?
Gostaria de compartilhar uma situação com a turma? Como você poderia ter
driblado essa situação?
Lembre-se de que os desafios indicados para se aprender a ser um bom orador não
estão além da sua capacidade. Todos podemos praticar a Oratória no dia a dia.
Então, ficamos assim…
1- Falar sobre si mesmo normalmente é o assunto que as pessoas
mais dominam. É preciso se conhecer para poder falar sobre si nos
mais variados contextos.
2- A segurança para se apresentar passa por entender o ambiente
em que se está inserido, o objetivo que se quer atingir e a
necessidade de revelar a sua essência.
3- Improvisar discursos, inclusive de autoapresentação, é um desafio
que pode ser treinado. A cada vez que se estabelecem etapas
claras sobre o que se quer falar, está sendo feita uma etapa de
treinamento que se tornará mais fácil a cada vez que a pessoa se
vir em momentos em que terá de improvisar a fala.
Objetivos da aula
Experimentar técnicas para uma boa
autoapresentação;
Avaliar uso do improviso na
autoapresentação.
No vídeo a seguir, o palhaço e improvisador Márcio Ballas fala sobre o olhar do sim,
algo que pode ajudar você na sua jornada de desenvolvimento das habilidades
ligadas à Oratória, especialmente no que diz respeito aos momentos que nos são
apresentados de surpresa. Assista ao vídeo de 09:50 até 11:22 para discutir com seus
colegas essa técnica.
O QUE FAZ SENTIDO?
Improvisar faz parte
Atividade prática
Errar diante do público é algo tão comum que não deveria ser um problema. Sentir
vergonha é algo inerente ao ser humano. Significa que você esteve em uma
situação para a qual não estava 100% preparado. A diferença está no que fazer
depois. Saber que o passado não pode ser mudado, mas é possível se preparar
para o futuro precisa estar nas nossas mentes depois de situações vexatórias.
Você quer compartilhar um momento assim? Talvez seu testemunho sirva de
inspiração e aprendizado para outras pessoas da turma.