O Humanismo foi um
movimento filosófico e literário que ocorreu nos séculos XIV e XV, na Península
Itálica.
Inicialmente,
o termo era empregado para designar os estudos de humanidades, ou seja:
literatura clássica, história, dialética, retórica, aritmética, filosofia
natural e línguas modernas.
Mais
tarde, recebe este nome porque representa a ideia que o homem estaria no centro
de tudo (antropocêntrica), ao contrário da mentalidade medieval, que era
teocêntrica.
Aliás,
os humanistas rejeitavam o período medieval e chamaram esta época de “Idade das
Trevas”, enquanto eles representavam o “Renascimento”.
Na
literatura, destacaram a temática mitológica, o hedonismo e a natureza como um
lugar de harmonia.
Os
filósofos humanistas valorizaram o ser humano, a investigação através de
métodos científicos (empíricos) e as ideias da Antiguidade Clássica.
Características do Humanismo
O Humanismo buscava na razão a explicação para os
fenômenos do mundo.
Para o humanista, estudioso da Antiguidade
Clássica, somente com a ordem era possível chegar à harmonia. Este princípio
servia tanto para a arte como para a política.
Desta maneira, surge o antropocentrismo, onde o
homem e não Deus estaria no centro do universo.
Não significa que a religião foi abandonada, nem
deixou de fazer parte da vida dos seres humanos. No entanto, o homem se vê
agora como protagonista da história, dotado de inteligência e vontade, e capaz
de mudar seu destino.
Assim, o homem do renascimento não aceita as
verdades pré-concebidas, pois tudo deve ser provado pelo meio da experimentação
(empirismo).
Características do Humanismo
O Humanismo
buscava na razão a explicação para os fenômenos do mundo.
Para o
humanista, estudioso da Antiguidade Clássica, somente com a ordem era possível
chegar à harmonia. Este princípio servia tanto para a arte como para a
política.
Desta maneira,
surge o antropocentrismo, onde o homem e não Deus estaria no centro do
universo.
Não significa
que a religião foi abandonada, nem deixou de fazer parte da vida dos seres
humanos. No entanto, o homem se vê agora como protagonista da história, dotado
de inteligência e vontade, e capaz de mudar seu destino.
Assim, o homem
do renascimento não aceita as verdades pré-concebidas, pois tudo deve ser
provado pelo meio da experimentação (empirismo).
Humanismo na literatura
O
Humanismo foi um movimento eminentemente literário. Nesta época, a poesia,
sempre ligada à música, torna-se um gênero independente.
Os
autores recuperaram a temática da mitologia greco-romana e com isso escreveram
obras de teatro, poesia e prosa.
O hedonismo estará presente valorizando a mulher jovem, graciosa
e de formas harmônicas. Esta ideia será usada também pelos pintores e
escultores.
Por
sua parte, a natureza será um espaço de paz, tal como havia sido descrita pelos
autores latinos.
Importante
ressaltar que haverá lugar tanto para mitologia clássica, como para obras
religiosas e moralizantes. Afinal, os autores eram católicos e se preocuparam
em adaptar esta nova visão de mundo às crenças cristãs.
Autores
como Erasmo de Roterdã e Tomás Morus serão os principais nomes do Humanismo
cristão com livros sobre espiritualidade e conduta moral, segundo os
ensinamentos do cristianismo.
O hedonismo estará presente valorizando a mulher jovem, graciosa
e de formas harmônicas. Esta ideia será usada também pelos pintores e
escultores.
Por
sua parte, a natureza será um espaço de paz, tal como havia sido descrita pelos
autores latinos.
Importante
ressaltar que haverá lugar tanto para mitologia clássica, como para obras
religiosas e moralizantes. Afinal, os autores eram católicos e se preocuparam
em adaptar esta nova visão de mundo às crenças cristãs.
Autores
como Erasmo de Roterdã e Tomás Morus serão os principais nomes do Humanismo
cristão com livros sobre espiritualidade e conduta moral, segundo os
ensinamentos do cristianismo.
Em suas obras destaca-se a crítica à sociedade, como podemos
encontrar no “Auto da Barca do
Inferno”, onde os personagens de diferentes condições sociais entram no
barco do Anjo ou do Diabo.
Humanismo
renascentista
O Humanismo
ocorre dentro do Renascimento, entre os séculos XIV e XV, na Península Itálica,
especialmente em Florença.
Na época, esta
cidade era um dos centros comerciais mais importantes do mundo. As grandes
famílias, como os Médici, os grêmios de trabalhadores e a Igreja se lançaram a
patrocinar artistas e literatos para mostrar sua riqueza.
A atividade
artística passa a ter grande prestígio social, pois o artista é alguém que
agora cria e não repete apenas modelos estabelecidos anteriormente.
Este período se
caracterizou pela valorização da Antiguidade Clássica e novas leituras foram
feitas de filósofos como Platão e Aristóteles. Igualmente, os descobrimentos
geográficos na África e na América ampliaram o horizonte europeu.
Esta
mentalidade se espalhou primeiro para os reinos mais próximos à Península
Itálica como Espanha e França.
Humanismo na filosofia
O Humanismo na
filosofia é uma escola presente tanto no Renascimento como no século XX, quando
recebe o nome de filosofia humanista.
Os filósofos do
Renascimento como Giannozzo Manetti (1396-1459) valorizavam a experiência
terrena do homem. Para ele, o ser humano era um animal racional, dotado de
inteligência e sagacidade.
Nesta linha,
Marsilio Ficino (1433-1499), defende que a vida espiritual deve se basear numa
devoção interior e não através de ritos exteriores.
Finalmente, Giovanni Pico della Mirandolla (1463-1494) resumiu
em suas obras o espírito do Renascimento: questionamento, tolerância cultural e
religiosa, e obtenção do conhecimento a partir de diferentes saberes.
Humanistas
Além dos
autores citados anteriormente, outros escritores humanistas importantes foram:
Lorenzo de Médici (1449-1492): diplomata, poeta e governante de
Florença (1469-1492), Lorenzo de Médici manteve o mecenato iniciado por seu
avô. Além disso, enviava artistas a distintas cortes europeias, colaborando
para difusão da arte humanista. Uma de suas obras mais conhecidas é o canto
carnavalesco “O
triunfo de Baco e Ariadne”, escrito em 1490.
Nicolau Machiavelli (1469-1527): filósofo, diplomata da
República de Florença de 1498 a 1512 e considerado o fundador da ciência
política. Seu nome se tornou adjetivo na cultura popular e erudita:
“maquiavélico”. Esta expressão foi usada para qualificar seu livro “O
Príncipe” (1516), onde defendia que os interesses de Estado devem
estar acima de tudo.
Cardeal Cisneros (1436-1517): arcebispo de Toledo, cardeal e
regente do reino de Castela, após a morte de Isabel, a Católica. Fundador da
Universidade de Alcalá e patrocinador da Bíblia poliglota. Reformou a ordem dos
franciscanos, aplicando medidas que só seriam estabelecidas pela Igreja
universal quase meio século mais tarde. Também assumiu o Tribunal da Inquisição
e impôs penas em dinheiro ao invés de físicas.
Nícolas de Cusa (1401-1464): nascido na Alemanha, cardeal, jurista e
teólogo, sua obra mais conhecida é “Da Douta Ignorância”, de
1440. Nesse livro ele faz uma defesa da ignorância, afinal jamais alcançaremos
todo o conhecimento. Nem por isso devemos deixar de tentar, pois somente o
caminho até Deus (que é inalcançável) aquietará nossa mente limitada.
Humanismo secular
A partir das
ideias humanistas do século XIV surge o Humanismo secular, a psicologia
humanista e a pedagogia humanista.
Este movimento
põe ênfase na dignidade humana, considerando o ser humano como um ser racional,
capaz de praticar o bem e evitar o mal. Para isso é preciso cultivar a educação
moral, mas também não desprezar as inovações tecnológicas e científicas.
Os humanistas
argumentam que, uma vez satisfeita as necessidades fisiológicas do ser humano,
ele é capaz de buscar o melhor para si e para a humanidade.
RENASCIMENTO
O Renascimento foi um
movimento cultural, econômico e político, surgido na Itália no século XIV e se
estendeu até o século XVII por toda a Europa.
Inspirado nos
valores da Antiguidade Clássica e gerado pelas modificações econômicas,
o Renascimento reformulou a vida medieval e deu início à Idade Moderna.
Origem do Renascimento: conceito, mudanças e cidades
renascentistas
O termo Renascimento foi criado no século XVI para descrever o
movimento artístico que surgiu um século antes. Posteriormente
acabou designando as mudanças econômicas e políticas do período também e é
muito contestado hoje em dia.
O
conceito "Renascimento" carrega a ideia de que esse período trouxe
profundas e drásticas mudanças para o contexto europeu. Porém, apesar de ter
sido um momento de alterações consideráveis para o velho continente, não
houve uma total ruptura com as características existentes
na Idade Média.
Afinal,
mesmo considerando as mudanças urbanas e no comércio, as cidades nunca
desapareceram totalmente e os povos não deixaram de comercializar entre si, nem
de usar moeda. Houve, sim, uma diminuição dessas atividades durante a Idade
Média.
Observamos,
porém, que na Península Itálica várias cidades como Veneza,
Gênova, Florença, Roma, dentre outras, se beneficiaram do
comércio com o Oriente.
Estas
regiões enriqueceram com o desenvolvimento do comércio no Mar Mediterrâneo,
dando origem a uma rica burguesia mercantil. A fim de se afirmarem socialmente,
estes comerciantes patrocinavam artistas e escritores - uma prática chamada de mecenato -
que inauguraram uma forma de fazer arte.
A
Igreja e nobreza também foram mecenas de artistas como Michelangelo, Domenico
Ghirlandaio, Pietro della Francesa, entre muitos outros.
Cultura renascentista
Destacamos cinco características marcantes da
cultura renascentista:
· Racionalismo - a razão era o único caminho para se
chegar ao conhecimento. Tudo poderia ser explicado pela razão e pela ciência.
· Cientificismo - todo conhecimento deveria ser
demonstrado através da experiência científica.
· Individualismo - o ser humano buscava afirmar a sua
própria personalidade, mostrar seus talentos, atingir a fama e satisfazer suas
ambições, através da concepção de que o direito individual estava acima do
direito coletivo.
· Antropocentrismo - o homem é visto como a suprema
criação de Deus e como centro do universo. O homem agora é o centro do
pensamento do próprio homem.
· Classicismo - os artistas buscam sua inspiração na
Antiguidade Clássica greco-romana para fazer suas obras.
Renascimento
artístico
Os principais artistas do
renascimento foram:
Leonardo da Vinci: Matemático, físico, anatomista, inventor, arquiteto,
escultor e pintor, ele foi o estereótipo do homem renascentista que domina
várias ciências - a essa característica chamamos de universalismo.
Por isso, é considerado um gênio absoluto. A Mona Lisa e A Última Ceia são suas
obras-primas.
Rafael
Sanzio: foi
um mestre da pintura e famoso por saber transmitir sentimentos delicados
através de suas imagens de Nossa Senhora. Uma de suas obras principais é a
Madona do Prado.
Michelangelo: artista italiano cuja obra foi marcada pelo humanismo.
Além de pintor, foi um dos maiores escultores do Renascimento. Entre suas obras
destacam-se a Pietá, David, A Criação de Adão e O Juízo Final. Também foi o
responsável por pintar o teto da Capela Sistina.
O Humanismo renascentista
O humanismo foi um
movimento de glorificação do homem e da natureza humana, que surgiu nas cidades
da Península
Itálica, em meados do século XIV.
O homem, a obra mais perfeita do
Criador, seria capaz de compreender, modificar e até dominar a natureza. Por
isso, os humanistas buscavam interpretar o cristianismo, utilizando escritos de
autores da Antiguidade, como Platão.
A religião não perdeu
importância, mas passou a ser muito questionada. Assim surgiram novas correntes
cristãs, como o protestantismo.
O estudo dos textos antigos,
igualmente, despertou o gosto pela pesquisa histórica e pelo conhecimento das
línguas clássicas, como o latim e o grego.
Desta forma, o humanismo se
tornou referência para muitos pensadores nos séculos seguintes, como os
filósofos iluministas do século XVII.
Renascimento literário
O Renascimento deu origem a
grandes gênios da literatura, entre eles:
· Dante Alighieri:
escritor italiano, autor do grande poema "Divina Comédia".
· Maquiavel: autor de "O
Príncipe", obra precursora da ciência política, onde o autor apresenta
conselhos aos governadores da época.
· Shakespeare: considerado um dos
maiores dramaturgos de todos os tempos. Abordou em sua obra os conflitos
humanos nas mais diversas dimensões: pessoais, sociais, políticas. Escreveu
comédias e tragédias, como "Romeu e Julieta", "Macbeth",
"A Megera Domada", "Otelo" e várias outras.
· Miguel de Cervantes: autor
espanhol da obra "Dom
Quixote", uma crítica contundente da cavalaria medieval.
· Luís de Camões: teve destaque na
literatura renascentista em Portugal, autor do grande poema épico "Os
Lusíadas".
Renascimento científico
O Renascimento foi marcado por
importantes descobertas científicas, notadamente nos campos da astronomia, da
física, da medicina, da matemática e da geografia.
O
polonês Nicolau Copérnico, que negou a teoria geocêntrica defendida pela
Igreja, ao afirmar que "a Terra não é o centro do universo, mas simplesmente
um planeta que gira em torno do Sol".
Galileu Galilei descobriu
os anéis de Saturno, as manchas solares, os satélites de Júpiter. Perseguido e
ameaçado pela Igreja, Galileu foi obrigado a negar publicamente suas ideias e
descobertas.
Na medicina os
conhecimentos avançaram com trabalhos e experiências sobre circulação
sanguínea, métodos de cauterização e princípios gerais de anatomia.
Renascimento
comercial
Todas essas inovações só
foram possíveis graças ao crescimento comercial que houve na Idade Média.
Quando as colheitas eram
boas e sobravam alimentos, estes eram vendidos nas feiras itinerantes. Com o
incremento comercial, os vendedores passaram a se fixar em determinados locais
que ficaram conhecidos como burgos. Assim, quem morava no burgo foi chamado de
burguês.
Nas feiras era mais fácil
usar moedas do que o sistema de trocas. No entanto, como cada feudo tinha sua
própria moeda, ficava difícil saber qual seria o valor correto. Dessa forma,
surgiram pessoas especializadas na troca monetária (câmbio) e outras em fazer
empréstimos e garantir pagamentos, dando origem futuramente aos bancos.
O dinheiro, então, passou a
ser mais valorizado do que a terra e isso inaugurou forma de pensar e se
relacionar em sociedade, onde os produtos seriam medidos pela quantidade de
dinheiro que custavam.