segunda-feira, 13 de novembro de 2023

 

Retomando movimentos artístico- -literários pós-Idade Média

O Humanismo foi um movimento de transição entre o Trovadorismo e o Renascimento, um movimento artístico e intelectual que teve seu início no século XIV, com o surgimento da burguesia. Ele foi caracterizado pela presença de elementos medievais e renascentistas, valorizando tanto a Antiguidade Clássica quanto o Antropocentrismo, ou seja, o homem passa a ser visto como o centro de todas as coisas. Autores e obras de língua portuguesa: Gil Vicente (teatro) – criador de autos e farsas famosos (Auto da Barca do Inferno, Farsa de Inês Pereira, entre outros); Garcia Resende (poesia) – criou o Cancioneiro geral, compilação de composições amorosas e satíricas de diversos autores; Fernão Lopes (crônicas) – escreveu crônicas palacianas.

(UEMA 2016) O auto da barca do inferno é uma das três peças que compõem a “Trilogia das barcas” do teatro vicentino. Leia o excerto. ANJO: Que mandais? FIDALGO: Que me digais, pois parti tão sem aviso, se a barca do paraíso é esta em que navegais. ANJO: Esta é; que lhe buscais? FIDALGO: Que me deixeis embarcar; sou fidalgo de solar, é bem que me recolhais. [...] ANJO: Pra vossa fantasia mui pequena é esta barca. FIDALGO: Pra senhor de tal marca não há aqui mais cortesia?

 

Os diálogos entre o anjo e o fidalgo põem em discussão não

só os valores de um mundo medieval, mas também do mundo

contemporâneo. A atualidade dessa discussão decorre de que

o homem de hoje, ainda, assume falsos posicionamentos

semelhantes ao de uma das personagens da cena. Essa

atualidade é apresentada, por meio de

a. limitações retóricas.

b. atos de falas impositivas.

c. alianças subversivas.

d. falhas na comunicação.

e. comportamentos antidemocráticos.

 

O Renascimento foi um importante movimento de caráter artístico, cultural e científico que aconteceu na passagem da Idade Média para a Moderna. O Antropocentrismo (o homem no centro de todas as coisas) pôs fim ao pensamento teocentrista (Deus no centro de tudo) que reinou durante toda a Idade Média, transformando sensivelmente a forma de o homem ver e se perceber no mundo. Entretanto, isso não significou um rompimento com Deus, mas fez surgir um novo conjunto de temas e interesses aos meios científicos e culturais de sua época. A razão era vista como uma manifestação do espírito e colocava o ser humano mais próximo de Deus. Outra influência foi a corrente filosófica Humanismo.

Renascimento

Período de grandes obras da arte e da literatura universais, como: Petrarca (literatura) – De África e Odes a Laura; Dante Alighieri (literatura) – A divina comédia (século XIV, com características renascentistas); Miguel de Cervantes (literatura) – Dom Quixote de La Mancha (século XVII, Idade Moderna); Giotto di Bondone (artes visuais) – O beijo de Judas, Juízo final, A lamentação e Lamento ante Cristo Morto; Leonardo da Vinci (artes visuais) – Mona Lisa

 

Leonardo Da Vinci escreveu a respeito deste desenho: “Vitrúvio, o arquiteto, afirmava em sua obra sobre arquitetura que as medidas do corpo humano são as seguintes: 4 dedos formam 1 palmo e 4 palmos formam 1 pé, 6 palmos formam um côvado (medida de comprimento antiga, equivalente a 66 cm); e 4 côvados formam a altura de um homem. E 4 côvados formam 1 passo, e 24 palmos formam um homem. [...]”

 

O homem vitruviano, 1492, lápis e tinta sobre papel, Leonardo da Vinci, Gallerie dell’Accademia, Veneza, Itália.

 


 

A partir do que você entendeu sobre o Renascimento,  explique como esta obra, O homem vitruviano, pode ser  considerada um símbolo do movimento.

A obra revela a substituição do pensamento teocêntrico, em que Deus é visto como centro de todas a coisas, para o  Antropocentrismo, em que o homem é o centro de tudo.

Relacione a obra de Leonardo da Vinci com os conceitos do Teocentrismo e do Antropocentrismo.

A obra revela a substituição do pensamento teocêntrico, em que Deus é visto como centro de todas a coisas, para o Antropocentrismo, em que o homem é o centro de tudo.

Classicismo

Foto em preto e branco de homem e texto preto sobre fundo branco

Descrição gerada automaticamente com confiança média

Movimento cultural, entre os séculos XV e XVI, que propunha um retorno aos valores clássicos das culturas gregas e romanas. Assim, os artistas classicistas retomavam questões de forma e de temas da Antiguidade Clássica. Na literatura portuguesa: • Autor: Luís Vaz de Camões • Obra: Os Lusíadas Classicismo Camões, em Os Lusíadas, romance em forma de poema épico, nacionalista, que exalta as grandes navegações e o povo português. É com essa obra que Camões coloca a língua portuguesa, antes sem projeção, no mapa da literatura.


O Barroco                                                                                                                               

Iniciou-se em Portugal em 1580, ano da morte de Luís de Camões. Foi um período de transição, com avanço da ciência, o que causou atritos com questões religiosas. Na literatura brasileira: • Autor: Padre Antônio Vieira • Obra: Sermões O Barroco Aleijadinho (1738-1814) foi um escultor e arquiteto brasileiro e um grande representante do Barroco nas artes visuais.

 

O Arcadismo

Teve início em Portugal, em 1756, com a fundação da Arcádia Lusitana, e terminou em 1825, com a publicação do romance Camões, de Almeida Garret, que inaugurou o Romantismo português. Na literatura brasileira: • Autor: Cláudio Manoel da Costa • Obra: Obras poéticas O Arcadismo O Arcadismo no Brasil começou no ano de 1768, com o livro Obras poéticas, de Cláudio Manuel da Costa, que usava o pseudônimo de Glauceste Satúrnio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na prática Soneto VII Onde estou?

Este sítio desconheço:

Quem fez tão diferente aquele prado?

 Tudo outra natureza tem tomado;

E em contemplá-lo tímido esmoreço.

Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço De estar a ela um dia reclinado: Ali em vale um monte está mudado: Quanto pode dos anos o progresso! Árvores aqui vi tão florescentes, Que faziam perpétua a primavera: Nem troncos vejo agora decadentes. (Enem 2016) Linguagens – Interpretação Leia o soneto de Cláudio Manoel da Costa e escolha a alternativa que responde à questão posta no slide a seguir. INEP, ENEM 2016 – Linguagens, caderno amarelo, p. 7)

 

Eu me engano: a região esta não era; Mas que venho a estranhar, se estão presentes Meus males, com que tudo degenera! a. angústia provocada pela sensação de solidão. b. resignação diante das mudanças do meio ambiente. c. empatia entre os sofrimentos do eu e a agonia da terra. d. dúvida existencial em face do espaço desconhecido. e. intenção de recriar o passado por meio da paisagem.

 

No soneto de Cláudio Manuel da Costa, a contemplação da paisagem permite ao eu lírico uma reflexão em que transparece c. empatia entre os sofrimentos do eu e a agonia da terra. Letra C – a empatia entre o eu lírico e a paisagem é criada, porque os males presentes no eu lírico se misturam à paisagem, que surge degenerada. Lembre-se: no Humanismo, o homem é o centro, e não a paisagem.

 

Pesquisa Pesquisem sobre os tópicos abaixo para vocês entenderem um pouco mais os movimentos que estudamos hoje:

I. Humanismo

II. Renascimento Façam um resumo em seu caderno com as principais descobertas sobre cada movimento

 

 

 

 

Humanismo foi um movimento filosófico e literário que ocorreu nos séculos XIV e XV, na Península Itálica.

Inicialmente, o termo era empregado para designar os estudos de humanidades, ou seja: literatura clássica, história, dialética, retórica, aritmética, filosofia natural e línguas modernas.

Mais tarde, recebe este nome porque representa a ideia que o homem estaria no centro de tudo (antropocêntrica), ao contrário da mentalidade medieval, que era teocêntrica.

Aliás, os humanistas rejeitavam o período medieval e chamaram esta época de “Idade das Trevas”, enquanto eles representavam o “Renascimento”.

Na literatura, destacaram a temática mitológica, o hedonismo e a natureza como um lugar de harmonia.

Os filósofos humanistas valorizaram o ser humano, a investigação através de métodos científicos (empíricos) e as ideias da Antiguidade Clássica.

Características do Humanismo

O Humanismo buscava na razão a explicação para os fenômenos do mundo.

Para o humanista, estudioso da Antiguidade Clássica, somente com a ordem era possível chegar à harmonia. Este princípio servia tanto para a arte como para a política.

Desta maneira, surge o antropocentrismo, onde o homem e não Deus estaria no centro do universo.

Não significa que a religião foi abandonada, nem deixou de fazer parte da vida dos seres humanos. No entanto, o homem se vê agora como protagonista da história, dotado de inteligência e vontade, e capaz de mudar seu destino.

Assim, o homem do renascimento não aceita as verdades pré-concebidas, pois tudo deve ser provado pelo meio da experimentação (empirismo).

Características do Humanismo

O Humanismo buscava na razão a explicação para os fenômenos do mundo.

Para o humanista, estudioso da Antiguidade Clássica, somente com a ordem era possível chegar à harmonia. Este princípio servia tanto para a arte como para a política.

Desta maneira, surge o antropocentrismo, onde o homem e não Deus estaria no centro do universo.

Não significa que a religião foi abandonada, nem deixou de fazer parte da vida dos seres humanos. No entanto, o homem se vê agora como protagonista da história, dotado de inteligência e vontade, e capaz de mudar seu destino.

Assim, o homem do renascimento não aceita as verdades pré-concebidas, pois tudo deve ser provado pelo meio da experimentação (empirismo).

Humanismo na literatura

O Humanismo foi um movimento eminentemente literário. Nesta época, a poesia, sempre ligada à música, torna-se um gênero independente.

Os autores recuperaram a temática da mitologia greco-romana e com isso escreveram obras de teatro, poesia e prosa.

O hedonismo estará presente valorizando a mulher jovem, graciosa e de formas harmônicas. Esta ideia será usada também pelos pintores e escultores.

Por sua parte, a natureza será um espaço de paz, tal como havia sido descrita pelos autores latinos.

Importante ressaltar que haverá lugar tanto para mitologia clássica, como para obras religiosas e moralizantes. Afinal, os autores eram católicos e se preocuparam em adaptar esta nova visão de mundo às crenças cristãs.

Autores como Erasmo de Roterdã e Tomás Morus serão os principais nomes do Humanismo cristão com livros sobre espiritualidade e conduta moral, segundo os ensinamentos do cristianismo.

O hedonismo estará presente valorizando a mulher jovem, graciosa e de formas harmônicas. Esta ideia será usada também pelos pintores e escultores.

Por sua parte, a natureza será um espaço de paz, tal como havia sido descrita pelos autores latinos.

Importante ressaltar que haverá lugar tanto para mitologia clássica, como para obras religiosas e moralizantes. Afinal, os autores eram católicos e se preocuparam em adaptar esta nova visão de mundo às crenças cristãs.

Autores como Erasmo de Roterdã e Tomás Morus serão os principais nomes do Humanismo cristão com livros sobre espiritualidade e conduta moral, segundo os ensinamentos do cristianismo.

Em suas obras destaca-se a crítica à sociedade, como podemos encontrar no “Auto da Barca do Inferno”, onde os personagens de diferentes condições sociais entram no barco do Anjo ou do Diabo.

Humanismo renascentista

O Humanismo ocorre dentro do Renascimento, entre os séculos XIV e XV, na Península Itálica, especialmente em Florença.

Na época, esta cidade era um dos centros comerciais mais importantes do mundo. As grandes famílias, como os Médici, os grêmios de trabalhadores e a Igreja se lançaram a patrocinar artistas e literatos para mostrar sua riqueza.

A atividade artística passa a ter grande prestígio social, pois o artista é alguém que agora cria e não repete apenas modelos estabelecidos anteriormente.

Este período se caracterizou pela valorização da Antiguidade Clássica e novas leituras foram feitas de filósofos como Platão e Aristóteles. Igualmente, os descobrimentos geográficos na África e na América ampliaram o horizonte europeu.

Esta mentalidade se espalhou primeiro para os reinos mais próximos à Península Itálica como Espanha e França.

Humanismo na filosofia

O Humanismo na filosofia é uma escola presente tanto no Renascimento como no século XX, quando recebe o nome de filosofia humanista.

Os filósofos do Renascimento como Giannozzo Manetti (1396-1459) valorizavam a experiência terrena do homem. Para ele, o ser humano era um animal racional, dotado de inteligência e sagacidade.

Nesta linha, Marsilio Ficino (1433-1499), defende que a vida espiritual deve se basear numa devoção interior e não através de ritos exteriores.

Finalmente, Giovanni Pico della Mirandolla (1463-1494) resumiu em suas obras o espírito do Renascimento: questionamento, tolerância cultural e religiosa, e obtenção do conhecimento a partir de diferentes saberes.

Humanistas

Além dos autores citados anteriormente, outros escritores humanistas importantes foram:

Lorenzo de Médici (1449-1492): diplomata, poeta e governante de Florença (1469-1492), Lorenzo de Médici manteve o mecenato iniciado por seu avô. Além disso, enviava artistas a distintas cortes europeias, colaborando para difusão da arte humanista. Uma de suas obras mais conhecidas é o canto carnavalesco “O triunfo de Baco e Ariadne”, escrito em 1490.

Nicolau Machiavelli (1469-1527): filósofo, diplomata da República de Florença de 1498 a 1512 e considerado o fundador da ciência política. Seu nome se tornou adjetivo na cultura popular e erudita: “maquiavélico”. Esta expressão foi usada para qualificar seu livro “O Príncipe” (1516), onde defendia que os interesses de Estado devem estar acima de tudo.

Cardeal Cisneros (1436-1517): arcebispo de Toledo, cardeal e regente do reino de Castela, após a morte de Isabel, a Católica. Fundador da Universidade de Alcalá e patrocinador da Bíblia poliglota. Reformou a ordem dos franciscanos, aplicando medidas que só seriam estabelecidas pela Igreja universal quase meio século mais tarde. Também assumiu o Tribunal da Inquisição e impôs penas em dinheiro ao invés de físicas.

Nícolas de Cusa (1401-1464): nascido na Alemanha, cardeal, jurista e teólogo, sua obra mais conhecida é “Da Douta Ignorância”, de 1440. Nesse livro ele faz uma defesa da ignorância, afinal jamais alcançaremos todo o conhecimento. Nem por isso devemos deixar de tentar, pois somente o caminho até Deus (que é inalcançável) aquietará nossa mente limitada.

Humanismo secular

A partir das ideias humanistas do século XIV surge o Humanismo secular, a psicologia humanista e a pedagogia humanista.

Este movimento põe ênfase na dignidade humana, considerando o ser humano como um ser racional, capaz de praticar o bem e evitar o mal. Para isso é preciso cultivar a educação moral, mas também não desprezar as inovações tecnológicas e científicas.

Os humanistas argumentam que, uma vez satisfeita as necessidades fisiológicas do ser humano, ele é capaz de buscar o melhor para si e para a humanidade.

 

RENASCIMENTO

Renascimento foi um movimento cultural, econômico e político, surgido na Itália no século XIV e se estendeu até o século XVII por toda a Europa.

Inspirado nos valores da Antiguidade Clássica e gerado pelas modificações econômicas, o Renascimento reformulou a vida medieval e deu início à Idade Moderna.

Origem do Renascimento: conceito, mudanças e cidades renascentistas

O termo Renascimento foi criado no século XVI para descrever o movimento artístico que surgiu um século antes. Posteriormente acabou designando as mudanças econômicas e políticas do período também e é muito contestado hoje em dia.

O conceito "Renascimento" carrega a ideia de que esse período trouxe profundas e drásticas mudanças para o contexto europeu. Porém, apesar de ter sido um momento de alterações consideráveis para o velho continente, não houve uma total ruptura com as características existentes na Idade Média.

Afinal, mesmo considerando as mudanças urbanas e no comércio, as cidades nunca desapareceram totalmente e os povos não deixaram de comercializar entre si, nem de usar moeda. Houve, sim, uma diminuição dessas atividades durante a Idade Média.

Observamos, porém, que na Península Itálica várias cidades como Veneza, Gênova, Florença, Roma, dentre outras, se beneficiaram do comércio com o Oriente.

Estas regiões enriqueceram com o desenvolvimento do comércio no Mar Mediterrâneo, dando origem a uma rica burguesia mercantil. A fim de se afirmarem socialmente, estes comerciantes patrocinavam artistas e escritores - uma prática chamada de mecenato - que inauguraram uma forma de fazer arte.

A Igreja e nobreza também foram mecenas de artistas como Michelangelo, Domenico Ghirlandaio, Pietro della Francesa, entre muitos outros.

Cultura renascentista

Destacamos cinco características marcantes da cultura renascentista:

·    Racionalismo - a razão era o único caminho para se chegar ao conhecimento. Tudo poderia ser explicado pela razão e pela ciência.

·    Cientificismo - todo conhecimento deveria ser demonstrado através da experiência científica.

·    Individualismo - o ser humano buscava afirmar a sua própria personalidade, mostrar seus talentos, atingir a fama e satisfazer suas ambições, através da concepção de que o direito individual estava acima do direito coletivo.

·    Antropocentrismo - o homem é visto como a suprema criação de Deus e como centro do universo. O homem agora é o centro do pensamento do próprio homem.

·    Classicismo - os artistas buscam sua inspiração na Antiguidade Clássica greco-romana para fazer suas obras.

Renascimento artístico

Os principais artistas do renascimento foram:

Leonardo da Vinci: Matemático, físico, anatomista, inventor, arquiteto, escultor e pintor, ele foi o estereótipo do homem renascentista que domina várias ciências - a essa característica chamamos de universalismo. Por isso, é considerado um gênio absoluto. A Mona Lisa e A Última Ceia são suas obras-primas.


 

Rafael Sanzio: foi um mestre da pintura e famoso por saber transmitir sentimentos delicados através de suas imagens de Nossa Senhora. Uma de suas obras principais é a Madona do Prado.

Michelangelo: artista italiano cuja obra foi marcada pelo humanismo. Além de pintor, foi um dos maiores escultores do Renascimento. Entre suas obras destacam-se a Pietá, David, A Criação de Adão e O Juízo Final. Também foi o responsável por pintar o teto da Capela Sistina.

O Humanismo renascentista

O humanismo foi um movimento de glorificação do homem e da natureza humana, que surgiu nas cidades da Península Itálica, em meados do século XIV.

 

O homem, a obra mais perfeita do Criador, seria capaz de compreender, modificar e até dominar a natureza. Por isso, os humanistas buscavam interpretar o cristianismo, utilizando escritos de autores da Antiguidade, como Platão.

A religião não perdeu importância, mas passou a ser muito questionada. Assim surgiram novas correntes cristãs, como o protestantismo.

O estudo dos textos antigos, igualmente, despertou o gosto pela pesquisa histórica e pelo conhecimento das línguas clássicas, como o latim e o grego.

Desta forma, o humanismo se tornou referência para muitos pensadores nos séculos seguintes, como os filósofos iluministas do século XVII.

Renascimento literário

O Renascimento deu origem a grandes gênios da literatura, entre eles:

·    Dante Alighieri: escritor italiano, autor do grande poema "Divina Comédia".

·    Maquiavel: autor de "O Príncipe", obra precursora da ciência política, onde o autor apresenta conselhos aos governadores da época.

·    Shakespeare: considerado um dos maiores dramaturgos de todos os tempos. Abordou em sua obra os conflitos humanos nas mais diversas dimensões: pessoais, sociais, políticas. Escreveu comédias e tragédias, como "Romeu e Julieta", "Macbeth", "A Megera Domada", "Otelo" e várias outras.

·    Miguel de Cervantes: autor espanhol da obra "Dom Quixote", uma crítica contundente da cavalaria medieval.

·    Luís de Camões: teve destaque na literatura renascentista em Portugal, autor do grande poema épico "Os Lusíadas".

Renascimento científico

O Renascimento foi marcado por importantes descobertas científicas, notadamente nos campos da astronomia, da física, da medicina, da matemática e da geografia.

O polonês Nicolau Copérnico, que negou a teoria geocêntrica defendida pela Igreja, ao afirmar que "a Terra não é o centro do universo, mas simplesmente um planeta que gira em torno do Sol".

Galileu Galilei descobriu os anéis de Saturno, as manchas solares, os satélites de Júpiter. Perseguido e ameaçado pela Igreja, Galileu foi obrigado a negar publicamente suas ideias e descobertas.

Na medicina os conhecimentos avançaram com trabalhos e experiências sobre circulação sanguínea, métodos de cauterização e princípios gerais de anatomia.

Renascimento comercial

Todas essas inovações só foram possíveis graças ao crescimento comercial que houve na Idade Média.

Quando as colheitas eram boas e sobravam alimentos, estes eram vendidos nas feiras itinerantes. Com o incremento comercial, os vendedores passaram a se fixar em determinados locais que ficaram conhecidos como burgos. Assim, quem morava no burgo foi chamado de burguês.

Nas feiras era mais fácil usar moedas do que o sistema de trocas. No entanto, como cada feudo tinha sua própria moeda, ficava difícil saber qual seria o valor correto. Dessa forma, surgiram pessoas especializadas na troca monetária (câmbio) e outras em fazer empréstimos e garantir pagamentos, dando origem futuramente aos bancos.

O dinheiro, então, passou a ser mais valorizado do que a terra e isso inaugurou forma de pensar e se relacionar em sociedade, onde os produtos seriam medidos pela quantidade de dinheiro que custavam.

 

 

 

 

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Pronomes relativos

Pronomes relativos são os pronomes que se referem a um termo anterior. Os pronomes relativos são: que, quem, onde, o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja, cujas, quanto, quantos, quantas.

Exemplo:

Essa é a lista dos documentos. Os documentos foram destruídos.
Essa é a lista dos documentos que foram destruídos.

Neste exemplo, o pronome que se refere aos documentos, ou seja, é relativo à palavra "documentos" e, por isso, é um pronome relativo.

O uso dos pronomes relativos deixa os textos menos repetitivos, além de ligar as ideias de forma mais eficiente.Dentre os pronomes relativos, o pronome que é, sem dúvida, o mais utilizado. É por esse motivo que ele é conhecido como “pronome relativo universal”.

Invariáveis - que, quem , onde.

Variáveis - o qual, os quais,  a qual, as quais, cujo, cujos, cuja, cujas, quanto, quantos, quanta.

Exemplos de frases com pronomes relativos

Que, o qual, os quais, a qual, as quais:

  • E você era a princesa que eu fiz coroar. (Chico Buarque)
  • Os temas sobre os quais falamos são bastante complexos.
  • A Carta de Caminha, a qual inaugura a literatura no Brasil, foi redigida no dia 1º de maio de 1500.

Quem, cujo, cujos, cuja, cujas:

  • Ela era minha professora, a quem admirei ao longo do meu percurso.
  • O funcionário, cujo currículo desconheço, foi promovido.
  • Os trabalhos, cujas interpretações não tenham sido feitas, serão prejudicados.

Quanto, quantos, quantas:

  • Comeu tudo quanto tinha vontade.
  • Trouxe todos os livros quantos conseguiu.
  • Farei tantas exigências quantas forem necessárias.

Onde:

  • O lugar é ali onde eu informei.
  • Não sei onde comprar o livro.
  • Esta é a casa onde passei a minha infância.

A palavra "quando" também é um pronome relativo que exprime noção de tempo:

É a hora quando eu consigo parar para pensar.

Função sintática do pronome relativo

Os pronomes relativos podem desempenhar as funções de: sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, adjunto adnominal, complemento nominal, adjunto adverbial e agente da passiva.

Pronome relativo com função de sujeito: A esperança é a última que morre. (o pronome que se refere à palavra "esperança", que é o sujeito da oração)

Pronome relativo com função de objeto direto: Os livros que eu comprei são muito bons. (o pronome que se refere à palavra "livros", que é o objeto direto da oração)

Pronome relativo com função de objeto indireto: Gosto da música que ele canta. (o pronome que se refere à palavra "música", que é o objeto indireto da oração)

Pronome relativo com função de predicativo: Ainda pequena, ela se tornou a grande mulher que é hoje. (o pronome que se refere ao predicativo do sujeito "a grande mulher" desta oração)

Pronome relativo com função de adjunto adnominal: O escritor de cujas crônicas gosto muito vem à escola hoje. (o pronome cujas é adjunto adnominal da palavra "crônicas")

Pronome relativo com função de complemento nominal: Tenho a impressão de que estou atrasado. (o pronome que se refere à palavra "impressão", que é um nome e precisa de um complemento (impressão de quê?), por isso, o pronome tem a função de complemento nominal da oração)

Pronome relativo com função de adjunto adverbial: Fui à praia onde costumava ir. (o pronome onde, que se refere à palavra "praia", é adjunto adverbial da oração)

Pronome relativo com função de agente da passiva: Faz tudo por quem é amado. (o pronome quem, que se refere à palavra "amado", é agente da passiva da oração)


Exercícios sobre pronomes relativos

1. (FIUBE-MG) Assinale o item em que não aparece pronome relativo:

a) O que queres não está aqui.
b) Temos que estudar mais.
c) A estrada por que passei é estreita.
d) A prova que faço não é difícil.
e) A festa a que assisti foi ótima.


2. (UEPG-PR) Assinale a alternativa em que a palavra onde funciona como pronome relativo:

a) Não sei onde eles estão.
b) "Onde estás que não respondes?"
c) A instituição onde estudo é a UEPG.
d) Ele me deixou onde está a catedral.
e) Pergunto onde ele conheceu esta teoria.

3. (Fuvest) Conheci que (1) Madalena era boa em demasia... A culpa foi desta vida agreste que (2) me deu uma alma agreste. Procuro recordar o que (3) dizíamos. Terá realmente piado a coruja? Será a mesma que (4) piava há dois anos? Esqueço que (5) eles me deixaram e que (6) esta casa está quase deserta.

Nas frases acima o que aparece seis vezes; em três delas é pronome relativo. Quais?

a) 1, 2, 4
b) 2, 4, 6
c) 3, 4 , 5
d) 2, 3, 4
e) 2, 3, 5



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Aulas 13 e 14

 Elementos da conclusão do discurso Reconhecer os elementos da conclusão de um discurso;  Delimitar a conclusão de um discurso. “A primeira ...