Reconhecer os elementos
da conclusão de um
discurso;
Delimitar a conclusão de um
discurso.
“A primeira impressão é a que fica.”
Certamente você já ouviu esse ditado. Mas e a
última impressão? Será que não é tão importante
quanto a primeira?
Já aconteceu de você assistir a um filme que
começa super “parado”, sem emoção, mas no
qual você insiste e o final é surpreendente? Você
se lembra de alguma situação como essa?
Etapa de conclusão:
• Recapitular a essência da mensagem.
• Concluir uma reflexão ou deixar uma questão em aberto para que o
público reflita.
• Finalizar com agradecimentos.
• Abrir para perguntas.
Assistam ao discurso de Amina J.
Mohammed, vice-secretária geral da
ONU, sobre os objetivos globais do
milênio.
Em grupos, identifiquem o trecho em que
ela faz a transição do desenvolvimento
para a conclusão e, depois, a conclusão
propriamente dita. Façam registros da
atividade em seus cadernos.
Aula 14
Diferenciar elementos que
compõem a conclusão de
um discurso;
Elaborar conclusão de
discurso sobre tema de
seu interesse.
Vocês assistirão a um trecho da
fala da educadora Taly Szwarcfiter
sobre o tema: “Construindo
caminhos com propósito”. Sabendo
que para desenvolver o assunto
central é importante confirmar o
que foi anunciado na introdução e
na preparação, converse com o
colega ao lado e identifiquem os
argumentos que ela utiliza para
confirmar a sua proposição de que
“existem caminhos e eu posso
fazer eles darem certo”.
Conclusão
É a última oportunidade para
convencer a plateia. Para tanto,
deve-se falar com mais vibração,
imprimir um ritmo mais acentuado na
pronúncia das palavras e aumentar a
intensidade da voz (sem exagero),
um pouco mais alto que o volume
utilizado nas partes anteriores.
A recapitulação refere-se ao resumo
dos principais aspectos abordados no
assunto central. Ela deve ser curta,
normalmente uma ou duas frases e, se
os elementos abordados na
confirmação forem poucos ou simples,
poderá ser dispensada.
No epílogo, você recorre aos conceitos
éticos e usa uma fala mais envolvente.
Em cada afirmação é possível observar
uma eloquência mais comovida,
conquistando o público definitivamente.
Assista ao fim da palestra da
educadora Taly Szwarcfiter e
avalie a conclusão que ela
escolheu para o seu
discurso.
Para isso, você irá usar uma
tabela para avaliação, que
consta no próximo slide,
respondendo sim ou não
para cada item.
Pense em um tema de seu interesse. Se você fosse palestrar sobre
esse tema, como seria sua conclusão? Escreva rapidamente como
seria sua introdução e desenvolvimento, mas enfatize a parte da
conclusão.
Pense que você precisaria convencer alguém sobre sua opinião em
menos de 1 minuto.
O professor irá solicitar que alguns de vocês compartilhem com a
turma seus escritos.
Compreender a
argumentação como
estratégia de abordagem do
assunto central de um
discurso.
Categorizar argumentos.
Argumentação no assunto central do discurso
Refutação no assunto central do texto
Jorge é gerente de uma empresa e a diretoria pediu que ele se aperfeiçoasse em inteligência artificial (IA) e, depois, repassasse esse conhecimento ao time. Na cidade onde Jorge mora estão acontecendo palestras sobre o assunto em um evento de informática. Ele foi a duas delas, porém percebeu que os palestrantes abordaram o assunto de formas diferentes. Então, ele decidiu elaborar um pequeno relatório comparativo para decidir qual das duas palestras levará em consideração para reportar aos colegas. Veja o relatório de Jorge:
Palestrante A
Palestrante engraçado e que falou sobre diversos assuntos relacionados à inteligência artificial. Usou uma linguagem bem informal, tentando parecer mais natural ao falar. Disse quando surgiu a IA, deu exemplos de empresas que ficaram ricas usando essa tecnologia e falou que precisamos ter cuidado porque, no futuro, ela irá roubar nossos empregos.
Palestrante B
Palestrante enérgico e motivado,
que falou apenas a respeito de um
tema relacionado à inteligência
artificial: “Práticas administrativas
inovadoras com o uso de IA”. Usou
linguagem formal, porém a
palestra fluiu naturalmente. Contou
histórias para exemplificar os
conceitos, usou dados de
pesquisas e mencionou hipóteses
de como as pessoas podem se
beneficiar dessa tecnologia.
Em duplas, reflitam:
• Analisando as informações
que Jorge coletou, qual das
duas palestras ele deve
repassar para os colegas?
• O que faz vocês pensarem
assim?
Para que a etapa de
desenvolvimento de uma
apresentação seja bem-sucedida, é
fundamental saber argumentar.
O indivíduo que sabe argumentar:
• É mais respeitado.
• É ouvido com mais atenção.
• Consegue ser mais persuasivo.
Alguns recursos podem ser utilizados para destacar argumentos:
• Pausas expressivas:
o Antes da fala – promova sensação de suspense;
o Depois da fala – promova reflexão.
• Elementos de transição:
o “Preste atenção nessa questão importantíssima...”
o “Quem poderia resistir a essa verdade?”
• Pronúncia das palavras:
o Fale com intensidade;
o Fale pausadamente.
Argumentação é persuasão e convencimento.
É muito difícil convencer alguém sem apresentar
organização e clareza nas informações. Portanto, é
muito importante organizar um fluxo de pensamento,
ou seja, construir uma ordem lógica para estruturar
os argumentos, do início ao fim da apresentação.
Agora, leiam as frases abaixo sobre argumentação e preencham corretamente
as lacunas.
1. A melhor decisão é a de começar com um ____ argumento, não o
melhor, mas um ____ argumento para chamar a atenção, criar
expectativa e ______ os ouvintes a acompanhar sua mensagem.
A. péssimo, triste e motivar.
B. excelente, péssimo e desmotivar.
C. extenso, longo e chamar.
D. bom, bom e motivar.
2. À medida que for crescendo com o peso dos argumentos,
destaque a _______ deles usando mais ou menos ______ da voz.
Faça pausas antes e depois das palavras que caracterizam a
essência do argumento, ou pronuncie _______ as sílabas dessas
palavras.
A. irrelevância, tom e pausadamente.
B. importância, volume e pausadamente.
C. relevância, volume e rapidamente.
D. importância, tom e rapidamente.
3. Lembre-se de que cabe a você, pela maneira como se expressa,
mostrar o _____ e a _______de cada um de seus argumentos. Se
você não se empenhar em realçar o peso de cada um, talvez os
transmita como se fossem informações ______, sem nenhum
atrativo especial.
A. conteúdo, irrelevância e raras.
B. valor, competência e pertinentes.
C. valor, importância e comuns.
D. sentimento, leveza e comuns.
d-b, c
Agora que vocês já conhecem a importância de ter argumentos sólidos e
fontes confiáveis para construir o desenvolvimento de uma apresentação,
produzam, em grupos, dois parágrafos de desenvolvimento para uma
palestra com o tema: “Qualidade da educação e crescimento
econômico”. Para isso, assistam ao vídeo que o(a) professor(a) irá
passar, produzido pelo instituto Todos Pela Educação. Ele apresenta
dados que podem ser usados como argumentos.
Escrevam o texto no caderno. Depois, compartilhem com a turma
conforme as orientações do(a) professor(a).
Aula 12
Compreender a refutação
como estratégia de
abordagem do assunto
central de um discurso;
Diferenciar os tipos de
refutação.
Após assistir ao vídeo,
compartilhe com o colega
suas impressões sobre os
movimentos
argumentativos,
principalmente no que se
refere ao processo de
refutação.
O assunto central é a parte mais importante
do discurso, pois todo o movimento
argumentativo é desenvolvido por causa dele.
Todas as outras partes – introdução,
preparação e conclusão –, dependendo das
circunstâncias, poderão até mesmo ser
dispensadas, fato que não ocorrerá com o
assunto central, porque ele é a própria razão
da existência do discurso.
São elementos do assunto central: a
confirmação e a refutação.
Confirmação
Trata-se do segmento do assunto
central que atenderá às indicações
anunciadas na introdução e na
preparação do discurso. Se foi uma
proposição, agora ela será
cumprida.
É nesta parte do discurso que você
deverá reunir todos os seus esforços
e utilizar toda a sua capacidade para
convencer ou persuadir os ouvintes.
Para confirmar, relacione todos os
argumentos que puder encontrar,
como o uso de exemplos,
comparações, pesquisas,
testemunhos, entre outros.
Refutação
É o segmento do assunto central que serve para
defender a confirmação das objeções colocadas
expressamente pelos adversários ou até mesmo
percebidas no silêncio do auditório.
A refutação deverá ocorrer conforme a
circunstância, ou seja, se a objeção for contra um
argumento usado, deverá se dar imediatamente; se
for contra uma grande parte ou todos os
argumentos, poderá ocorrer após a confirmação.
Movimento de refutação: apresenta-se uma tese em desacordo com
a ideia (opinião) exposta ou com a sua sustentação.
Nesse sentido, os argumentos apresentados funcionarão como
contra-argumentos, ou seja, argumentos contrários à ideia discutida.
Alguns de seus principais marcadores são:
• expressões metalinguísticas: é falso que..., não é verdadeiro que...
etc.;
• operadores argumentativos: ao contrário, mesmo assim etc.
Em duplas, preencham o quadro a seguir, elaborando uma refutação
para a sustentação apresentada em relação à ideia discutida:
A privatização do ensino público é necessária.
Vocês devem contra-argumentar, buscando negar o que está sendo
apresentado e propondo uma visão diferente sobre o assunto.
O professor vai solicitar a alguns de vocês que compartilhem com a
turma seus escritos.
Formas de abordar o assunto central de um discurso
Reconhecer e diferenciar formas de abordar o assunto central de um discurso;
Elaborar assunto central de um discurso.
Pertinência ao tema Trata-se da associação do repertório legitimado, ao menos, a um dos elementos do tema. Essa associação pode se dar por sinônimos, hiperônimos ou hipônimos, na citação direta ou no uso do repertório. Uso produtivo ocorre o uso produtivo de repertório legitimado e pertinente ao tema quando o participante vincula esse repertório à discussão proposta. Espera-se que esse repertório seja mobilizado no texto com o intuito de construir uma comparação ou um contraponto ou uma exemplificação entre ele e a discussão proposta pelo participante, ainda que de forma pontual.
Repertório não legitimado
Trata-se de repertório em que se utilizam informações, fatos, situações e experiências vividas SEM respaldo nas Áreas do Conhecimento (científicas ou culturais).
Repertório legitimado
Trata-se de repertório em que se utilizam informações, fatos, situações e experiências vividas COM respaldo nas Áreas do Conhecimento.
1. Conceitos e suas definições – para essa ocorrência, o conceito deve necessariamente estar acompanhado de sua definição. Ex.: “A cidadania – complexo de direitos e deveres atribuídos aos indivíduos que integram uma nação e que abrange direitos políticos, sociais e civis – garante que toda pessoa deve ter direito à saúde.” REPERTÓRIO LEGITIMADO No exemplo acima, nota-se que o conceito “cidadania” é acompanhado de sua definição, o que configura repertório legitimado.
Ex.: “É urgente pensarmos nos avanços e impasses em torno da cidadania da pessoa com transtorno mental.” REPERTÓRIO NÃO LEGITIMADO Nesse exemplo, porém, o conceito de cidadania, embora ligado a uma Área do Conhecimento, não configura repertório legitimado, porque não está diretamente acompanhado de sua definição.
2. Informações/citações/fatos acompanhados de referência a uma área do conhecimento – para essa ocorrência, é preciso considerar algumas possibilidades, a saber:
a. Referência direta a áreas do conhecimento (Sociologia, Filosofia, Literatura, Educação, Direito, Medicina, Linguística etc.), desde que elas sejam mobilizadas como a fonte de uma informação, indicando que são responsáveis pela produção e/ou divulgação do conhecimento. As nomenclaturas aqui exemplificadas estão diretamente ligadas às disciplinas de uma área do conhecimento; por isso, não é necessário especificar o estudo a que se referem.
Ex.: “Para a Antropologia, o indivíduo consiste num ser individual, conhecido pela sua existência única e indivisível, por isso não pode ser vítima de estigmas”.
REPERTÓRIO LEGITIMADO Nesse exemplo, a Antropologia, além de ser uma disciplina diretamente ligada a uma área do conhecimento, é utilizada como fonte da informação apresentada no período, o que configura repertório legitimado. Ex.: “Há pessoas que não acreditam que a Psicologia contribua para a saúde do indivíduo”.
REPERTÓRIO NÃO LEGITIMADO O excerto acima faz referência a uma área do conhecimento. No entanto, a menção à Psicologia não é utilizada como uma fonte de informação e, por isso, configura-se apenas como repertório não legitimado.
b. Referência a um estudo ou a um produto resultante de uma Área do Conhecimento (livros, obras, peças, filmes, esculturas, músicas, estudos, pesquisas etc.). Ex. 1: “O filme Melhor é impossível mostra um indivíduo com transtorno mental que aprende a conviver e amar outras pessoas”. Ex. 2: “A obra O alienista discute a loucura de modo bastante interessante”.
REPERTÓRIO LEGITIMADO Nos dois exemplos acima, há especificação de um produto ligado a uma área do conhecimento, o que configura repertório legitimado.
c. Referência a personalidades, celebridades, figuras, personagens diretamente ligados a uma área do conhecimento. Ex. 1: “Erasmo de Roterdã discutiu a loucura em uma obra bastante conhecida”. Ex. 2: “Vincent van Gogh é conhecido como um artista genial e louco”.
REPERTÓRIO LEGITIMADO Nos exemplos anteriores, nota-se que a especificação de uma personalidade diretamente ligada a uma área do conhecimento respalda as informações apresentadas em cada período, o que configura repertório legitimado.
d. Referência aos meios de comunicação conhecidos, como redes sociais, mídia e jornais desde que eles sejam mobilizados como a fonte de uma informação (Facebook, Portal G1, Revista ISTOÉ, Bandnews, Bahia Notícias, Gazeta do Povo (PR), Tribuna de Petrópolis, Estado de Minas, Diário Catarinense, Gazeta de Alagoas, Diário do Pará etc.). Ex.: “Recentemente, a revista Carta Capital publicou um artigo sobre como as transformações no mundo do trabalho e na família acabam afetando a saúde mental dos universitários”.
REPERTÓRIO LEGITIMADO Ex.: “A CNN Brasil noticiou que muitos atletas de alto rendimento têm dificuldades para lidar psicologicamente com o estresse e as expectativas por resultados”. REPERTÓRIO LEGITIMADO Nos dois exemplos anteriores, a referência à revista Carta Capital e à CNN Brasil, meios de comunicação, funciona como fonte para a informação apresentada em cada período, o que configura repertório legitimado.
Ex.: “O Instagram é a rede social mais nociva à saúde mental dos jovens”. REPERTÓRIO NÃO LEGITIMADO Já nesse exemplo, o Instagram, embora seja reconhecido como um meio de comunicação, não é utilizado como a fonte para a informação apresentada. Trata-se, portanto, de uma afirmação sem respaldo das áreas do conhecimento e configura-se apenas como repertório não legitimado.
Analisem se os textos abaixo podem ser considerados argumentos legitimados ou não legitimados.