segunda-feira, 15 de maio de 2023

Gênero Anúncio Publicitário

Habilidade da área:

EM13LGG102 - Analisar visões de mundo, conflitos de interesse, preconceitos e ideologias presentes  nos discursos veiculados nas diferentes mídias, ampliando suas possibilidades de explicação, interpretação e intervenção crítica da/na realidade.


 Interpretar diferentes modelos de anúncio publicitário; 

● Reconhecer a linguagem verbal e a não verbal presentes em um anúncio publicitário; 

● Reconhecer e familiarizar-se com elementos de persuasão.




1. A mensagem que a campanha “Voto ético” quer passar é a de que:
a. O voto ético leva a uma sociedade mais justa, igualitária e estruturada. 
b. O voto ético vai te fazer sentir feliz pela sensação de dever cumprido, não importando os demais.
c. Você pode ser beneficiado com alguma promessa de campanha para você ou sua família. 
d. É que o importante é votar sem esperar nada em troca nem se preocupar em que candidato.

2. O slogan deste anúncio é: 
a. “O voto pode dar a você uma vida melhor”. 
b. “Ao votar, você está escolhendo, não apenas o candidato, mas também o seu futuro”. 
c. “Voto ético, futuro melhor para minha cidade”. 
d. “O voto ético é o voto a favor de uma vida melhor para você e para a sua cidade”. 

3. Que tipo de linguagem temos neste anúncio?

4. Analise o verbo da oração a seguir e indique o modo verbal correto: “O voto ético é o voto a favor de uma vida melhor para você e para a sua cidade” 
a. Subjuntivo 
b. Indicativo 
c. Imperativo 
d. Não há verbo nesta sentença. 

5. Qual é o público-alvo deste anúncio publicitário?


Questão 1 – resposta A 
Questão 2 – resposta C 
Questão 3 – linguagem mista 
 Questão 4 – resposta B 
Questão 5 – jovens a partir de 16 anos e adultos, ou seja, o público que vota. 




segunda-feira, 8 de maio de 2023

REALISMO


O realismo foi um movimento literário e artístico que teve início em meados do século XIX, na França.

Como o próprio nome sugere, essa manifestação cultural significou um olhar mais realista e objetivo sobre a existência e as relações humanas, surgindo como oposição ao romantismo e sua visão idealizada da vida.

A vertente se manifestou principalmente na literatura, sendo seu marco inicial o romance realista Madame Bovary, de Gustave Flaubert, em 1857.

Entretanto, é possível encontrar também nas artes visuais, sobretudo na pintura, obras de cunho realista. Foram artistas de destaque Gustav Courbet, na França, e Almeida Junior, no Brasil.

O movimento se estendeu para várias partes do mundo e teve espaço em solo brasileiro, principalmente na literatura de Machado de Assis.

Características do movimento realista

As principais características da escola realista são:
  • oposição ao romantismo;
  • objetividade, trazendo cenas e situações de forma direta;
  • caráter descritivo;
  • análise de traços de personalidade e da psique das personagens;
  • tom crítico sobre as instituições e a sociedade, sobretudo a elite;
  • exibição de falhas de caráter, derrotas pessoais e comportamentos duvidosos;
  • interesse em incitar questionamentos no público;
  • valorização da coletividade;
  • valorização de conhecimentos científicos propostos em teorias como o Darwinismo, Socialismo Utópico e Científico, Positivismo, Evolucionismo;
  • enfoque em temas contemporâneos e cotidianos;
  • na literatura desenvolveu-se mais intensamente na prosa e no conto;
  • caráter de denúncia social.

As características citadas contemplam principalmente a escola literária realista. Entretanto, a mesma atmosfera objetiva e crítica foi retratada nas outras linguagens da arte, como na pintura realista..

Contexto histórico do realismo

O contexto histórico e social no período do realismo foi bastante conturbado. Foi uma época de grandes transformações que revolucionaram a forma das pessoas se relacionarem e entenderem a realidade ao seu redor.

O modelo capitalista se intensificou e a classe burguesa passou a ter maior poder de decisão, gerando um aprofundamento das desigualdades sociais, com maior exploração da classe trabalhadora, exposta a longas jornadas de trabalho.

É quando ocorre a Segunda Revolução Industrial e o crescimento da urbanização, assim como da poluição nas grandes cidades e demais problemas urbanos.

Soma-se a esse cenário avanços tecnológicos importantes, como a lâmpada e o carro movido à gasolina.

É ainda nesse contexto que surgem teorias científicas que objetivavam interpretar e explicar o mundo, como o Evolucionismo de Darwin e o Positivismo de Auguste Comte.

Assim, os pensadores da época, artistas e escritores, são influenciados pelos acontecimentos ao redor e pelos anseios da sociedade.

O movimento realista reflete seu tempo, na busca por uma linguagem mais clara e verossímil, ao passo que questiona os princípios e padrões burgueses.

Vale destacar que a vertente surge também como um contraponto ao romantismo, movimento vigente que trazia o individualismo e a idealização da realidade como características marcantes.

Realismo literário

O movimento realista têm origem na literatura com o lançamento do romance inaugural do realismo, Madame Bovary, de Gustave Flaubert em 1857, na França.

A obra teve destaque na época, sendo considerada um ícone da literatura francesa. Flaubert inovou na narrativa ao expor um casamento infeliz, questionando a idealização romântica e trazendo assuntos polêmicos, como o adultério e o suicídio.

Na França, além de Flaubert, teve destaque Emile Zola, com a obra Les Rougon-Macquart (1871).

Essa nova forma de enxergar e retratar a realidade disseminou-se por outros países.

Em Portugal, Eça de Queiroz destaca-se como escritor realista, com O Primo Basílio (1878) e O crime do Padre Amaro (1875).

Em solo britânico, temos a escritora Mary Ann Evans, que sob o pesudônimo de George Eliot, escreveu algumas obras realistas, como Middlemarch (1871). Há ainda Henry James, autor de Retrato de uma Senhora (1881).

Na Rússia, são muito reconhecidos os escritores realistas Fiódor Dostoiévski, Liev Tolstói e Anton Tchekhov.

Eles produziram obras icônicas da literatura mundial como Crime e Castigo (1866), de Dostoiévski, Anna Karenina (1877), de Tolstoi e As três irmãs (1901) de Tchekhov.

Influenciados pelo movimento europeu, o realismo estende-se também para as terras brasileiras.

Realismo no Brasil

No Brasil, o realismo surge durante do Segundo Reinado de Dom Pedro II como uma maneira de criticar a sociedade burguesa e a monarquia, expondo contradições e desigualdades sociais.

Isso porque, foi o período em que ocorre a abolição da escravatura, a chegada de imigrantes e diversos avanços tecnológicos.

Assim, é na figura de Machado de Assis que o movimento ganha seu maior representante nacional.

A publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, em 1881, foi o marco do movimento no país, sendo considerado o primeiro romance realista brasileiro.

Autores e obras realistas brasileiras

Machado de Assis (1839-1908)

Machado de Assis foi um escritor negro nascido em Livramento, no Rio de Janeiro. Vindo de uma família humilde, Machado de Assis estudou por conta própria e tornou-se um dos escritores de maior reconhecimento do país.

Além de romancista, Machado de Assis também foi crítico literário, jornalista, poeta, cronista e um dos fundadores da Academia brasileira de Letras.

Teve uma carreira fértil na literatura, produzindo diversas obras importantes, com destaque para Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1899), Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908).

Raul Pompeia (1863-1895)

Raul D’Ávila Pompeia foi escritor, jornalista e professor. Publicou em 1880 a obra Uma tragédia no Amazonas, seu primeiro romance. Mas foi com O ateneu, em 1888, que o autor ganha destaque no realismo.

Pompeia foi um homem de princípios, defensor da abolição da escravatura e das causas republicanas. Deixava transparecer seus ideais em seus textos realistas, o que acabou por causar grande polêmica.

Com uma vida conturbada, Raul de Pompeia comete suicídio aos 32 anos em 1895.

Visconde de Taunay (1843-1899)

Visconde de Taunay, cujo nome de batismo era Alfredo Maria Adriano d'Escragnolle Taunay, foi um escritor, militar e político brasileiro.

Filho de família aristocrata, era defensor da monarquia e teve o título de Visconde concedido por D. Pedro II, em 1889.

Mesclando aspectos do romantismo e do realismo, a obra Inocência (1872) é a mais conhecida de Taunay.

Leia tambémRealismo no Brasil.

Realismo em Portugal

Em Portugal, a vertente se consolidou através de um episódio conhecido como Questão Coimbrã, ocorrido em 1865.

Havia um clima de disputa entre os escritores do romantismo e novos autores que buscavam outra leitura da realidade.

O escritor Feliciano de Castilho, que se identificava como romântico, escreveu em uma carta duras críticas a autores da nova geração que estudavam na Universidade de Coimbra, como Antero de Quental, Vieira de Castro e Teófilo Braga.

Castilho afirmou que os colegas não possuíam “bom senso e bom gosto”, devida à maneira oposta a dos românticos de se expressar. Por conta disso, Antero de Quental decide escrever uma obra que leva justamente o título Bom senso e bom gosto, lançada no mesmo ano de 1865.

A partir de então, o texto de Quental em resposta a Feliciano de Castilho torna-se um marco na literatura realista portuguesa e o movimento passa a ter destaque no país.

Um nome essencial quando se fala em realismo português é Eça de Queiroz, autor dos romances O Primo Basílio (1878), O Mandarim (1879), Os Maias (1888).

Realismo na Arte

Nas artes plásticas, sobretudo na pintura, o movimento realista também floresceu, ainda que em menor intensidade.

Gustav Coubert (1819-1877) foi um dos artistas que utilizou a pintura como forma de expressar suas ideias e concepções realistas. O francês abordava em suas telas cenas de trabalho, buscando a denúncia social.

Outro pintor francês de destaque na arte realista foi Jean-François Millet (1814-1875), que também se valia do universo do trabalho, principalmente do campo, como inspiração para sua pintura. Millet carregava em suas telas uma atmosfera poética que dava voz aos camponeses.

Angelus, pintura do realista Jean-François Millet exibe um casal de camponeses no campo
Angelus (1858), pintura realista de Jean-François Millet

No Brasil, o artista do realismo que ganhou mais destaque foi Almeida Junior, responsável por telas importantes como Caipira picando fumo (1893), O Violeiro (1899) e Saudade (1899).

Romantismo, realismo e naturalismo

romantismo foi a vertente cultural já acorria antes do realismo. Nela, a visão de mundo era idealizada, fantasiosa e subjetiva. A linguagem empregada era metafórica e evasiva, com a valorização do sentimento e emoção.

realismo, vertente que surge como oposição ao romantismo, a linguagem é culta e direta, mas ainda assim detalhando com precisão cenas e personagens. Tem a intenção de retratar o mundo como ele é, explicando o ser humano objetivamente e sem ilusões.

Já o naturalismo é um movimento que desponta como um aprofundamento de realismo, trazendo linguagem simplificada, representando tipos humanos animalizados e patológicos. Busca o engajamento social e o cientificismo.

Muitas vezes realismo e naturalismo surgem em uma mesma obra literária.

quinta-feira, 4 de maio de 2023

ANÁLISE DO CONTO A CARTEIRA - DE MACHADO DE ASSIS


 O conto – A CARTEIRA – gira em torno do personagem Honório – um advogado de 34 anos - endividado e casado com dona Amélia – com quem tem uma filha de dois anos. Em casa, gosta de receber a visita do amigo Gustavo – que também é advogado.  Honório ficou endividado, porque começou a gastar tudo o que tinha com a família, mais precisamente, com a esposa – que sempre se dizia viver solitária e entediada.
 Diante desse contexto, decidiu pedir dinheiro a um agiota para pagar uma de suas dívidas. No caminho, encontrou uma carteira com dinheiro suficiente para quitar os quatrocentos e tantos mil reis que devia.    A partir desse momento, o leitor é convidado  a conhecer as inquietações que povoam a mente de Honório em devolver ou não  a carteira ao seu verdadeiro dono - Gustavo - seu amigo. 
Para entender isso, é preciso conhecer a origem do nome do protagonista e a sociedade daquela época, uma vez que na literatura isso tem muita importância. O nome Honório significa homem honrado - aquele que possui boa reputação - e de certa forma, condiz com o perfil do personagem, que se vê num dilema moral: entregar ou não a carteira ao amigo. No entanto, a sociedade de 1884 é a mesma de hoje - com exceção de algumas pessoas - cheia de criaturas vazias, hipócritas e solitárias que valorizam a aparência e a reputação superficial. “A traição que sempre foi condenada, se concretiza a portas fechadas - entre Gustavo e a esposa de Honório. 
Honório chega à sua casa, entrega à carteira ao amigo, porque o seu caráter o obrigava a fazer isso, porém vê que há algo errado.  Pensa que tem a ver com a situação, mas, na verdade, sua esposa o traia com Gustavo. Quando o protagonista está na cozinha, vê o amigo entregando à mulher um bilhetinho de amor. Essa pega, rapidamente, o papel da mão do amante e o rasga.  Observa-se aqui, a sordidez dessa mulher, que nas horas vagas, traia o marido com o melhor amigo. "Gustavo – o amigo da onça" – sabia da situação de Honório – apesar da narrativa mostrar o oposto. Por fim, é possível o leitor visualizar abismado a vitória do mal sobre o bem, pois foi por pouco que a verdade não veio à tona.
O conto, portanto, reflete a realidade, não só de uma sociedade pretérita, como também da contemporânea, uma vez que há aqueles que  valorizam mais a aparência e a reputação superficial ( como foi o caso da senhora Amélia) do que a honestidade e a simplicidade ( de um homem como Honório que - mesmo diante da situação difícil - decidiu devolver a carteira a Gustavo). 



Autor: professor Edwilson Bezerra
Graduado e Pós-graduado em Língua Portuguesa/Literatura
https://sonspalavrascontexto.blogspot.com/

terça-feira, 2 de maio de 2023

A Carteira Machado de Assis ...

Agora, vamos ler um conto de Machado de Assis. Atenção, os sinais gráficos [...] indicam que uma pequena parte foi suprimida, para caber nesta atividade. 

                                           A CARTEIRA 

                                                                              (Machado de Assis) 


DE REPENTE, Honório olhou para o chão e viu uma carteira. Abaixar-se, apanhá-la e guardá-la foi obra de alguns instantes. Ninguém o viu, salvo um homem que estava à porta de uma loja, e que, sem o conhecer, lhe disse rindo: 

— Olhe, se não dá por ela, perdia-a de uma vez. 

— É verdade, concordou Honório envergonhado.

   Para avaliar a oportunidade desta carteira, é preciso saber que Honório tem de pagar amanhã uma dívida, quatrocentos e tantos mil-réis, e a carteira trazia o bojo recheado. A dívida não parece grande para um homem da posição de Honório, que advoga; mas todas as quantias são grandes ou pequenas, segundo as circunstâncias, e as dele não podiam ser piores. Gastos de família excessivos, a princípio por servir a parentes, e depois por agradar à mulher, que vivia aborrecida da solidão; baile daqui, jantar dali, chapéus, leques, tanta coisa mais, que não havia remédio senão ir descontando o futuro. Endividou-se. Começou pelas contas de lojas e armazéns; passou aos empréstimos, duzentos a um, trezentos a outro, quinhentos a outro, e tudo a crescer, e os bailes a darem-se, e os jantares a comerem-se, um turbilhão perpétuo, uma voragem. Foco no conteúdo —Tu agora vais bem, não? dizia-lhe ultimamente o Gustavo C..., advogado e familiar da casa. 

— Agora vou, mentiu o Honório. A verdade é que ia mal. Poucas causas, de pequena monta, e constituintes remissos; por desgraça perdera ultimamente um processo, com que fundara grandes esperanças. Não só recebeu pouco, mas até parece que ele lhe tirou alguma cousa à reputação jurídica; em todo caso, andavam mofinas nos jornais. 

D. Amélia não sabia nada; ele não contava nada à mulher, bons ou maus negócios. Não contava nada a ninguém. Fingia-se tão alegre como se nadasse em um mar de prosperidades. Quando o Gustavo, que ia todas as noites à casa dele [...]; depois ia ouvir os trechos de música alemã, que D. Amélia tocava muito bem ao piano, e que o Gustavo escutava com indizível prazer, ou jogavam cartas, ou simplesmente falavam de política.

 Um dia, a mulher foi achá-lo dando muitos beijos à filha, criança de quatro anos, e viu-lhe os olhos molhados; ficou espantada, e perguntou-lhe o que era. 

— Nada, nada. [...] 

 A dívida urgente de hoje são uns malditos quatrocentos e tantos mil réis de carros. Nunca demorou tanto a conta, nem ela cresceu tanto, como agora; [...] meteu no bolso, e foi andando. Eram cinco horas da tarde. Tinha-se lembrado de ir a um agiota, mas voltou sem ousar pedir nada. Ao enfiar pela Rua da Assembleia é que viu a carteira no chão, apanhou-a, meteu no bolso, e foi andando. 

[...] Tinha medo de abrir a carteira; podia não achar nada, apenas papéis e sem valor para ele. Ao mesmo tempo, e esta era a causa principal das reflexões, a consciência perguntava-lhe se podia utilizar-se do dinheiro que achasse. 

 Não lhe perguntava com o ar de quem não sabe, mas antes com uma expressão irônica e de censura. Podia lançar mão do dinheiro, e ir pagar com ele a dívida? Eis o ponto. A consciência acabou por lhe dizer que não podia, que devia levar a carteira à polícia, ou anunciá-la; mas tão depressa acabava de lhe dizer isto, vinham os apuros da ocasião, e puxavam por ele, e convidavam-no a ir pagar a cocheira. Chegavam mesmo a dizer-lhe que, se fosse ele que a tivesse perdido, ninguém iria entregar-lha; insinuação que lhe deu ânimo. 

 Tudo isso antes de abrir a carteira. Tirou-a do bolso, finalmente, mas com medo, quase às escondidas; abriu-a, e ficou trêmulo. Tinha dinheiro, muito dinheiro; não contou, mas viu duas notas de duzentos mil-réis, algumas de cinquenta e vinte; calculou uns setecentos mil-réis ou mais; quando menos, seiscentos. Era a dívida paga; eram menos algumas despesas urgentes. 

Honório teve tentações de fechar os olhos, correr à cocheira, pagar, e, depois de paga a dívida, adeus; reconciliar-se-ia consigo. Fechou a carteira, e com medo de a perder, tornou a guardá-la. [...] “Se houver um nome, uma indicação qualquer, não posso utilizar me do dinheiro,” pensou ele. 

 Esquadrinhou os bolsos da carteira. Achou cartas, que não abriu, bilhetinhos dobrados, que não leu, e por fim um cartão de visita; leu o nome; era do Gustavo. Mas então, a carteira?... Examinou-a por fora, e pareceu-lhe efetivamente do amigo. Voltou ao interior; achou mais dois cartões, mais três, mais cinco. Não havia duvidar; era dele. A descoberta entristeceu-o. Não podia ficar com o dinheiro, sem praticar um ato ilícito, e, naquele caso, doloroso ao seu coração porque era em dano de um amigo. [...] “Paciência, disse ele consigo; verei amanhã o que posso fazer.” 

 Chegando à casa, já ali achou o Gustavo, um pouco preocupado e a própria D. Amélia o parecia também. Entrou rindo, e perguntou ao amigo se lhe faltava alguma cousa. — Nada. — Nada? — Por quê? — Mete a mão no bolso; não te falta nada? — Falta-me a carteira, disse o Gustavo sem meter a mão no bolso. Sabes se alguém a achou? — Achei-a eu, disse Honório entregando-lha. Gustavo pegou dela precipitadamente, e olhou desconfiado para o amigo. 

 Esse olhar foi para Honório como um golpe de estilete; depois de tanta luta com a necessidade, era um triste prêmio. Sorriu amargamente; e, como o outro lhe perguntasse onde a achara, deu lhe as explicações precisas. — Mas conheceste-a? — Não; achei os teus bilhetes de visita. Honório deu duas voltas, e foi mudar de toilette para o jantar. Então Gustavo sacou novamente a carteira, abriu-a, foi a um dos bolsos, tirou um dos bilhetinhos, que o outro não quis abrir nem ler, e estendeu-o a D. Amélia, que, ansiosa e trêmula, rasgou-o em trinta mil pedaços: era um bilhetinho de amor. 

(Adaptado para este material) 

terça-feira, 25 de abril de 2023

PROVA PAULISTA

 


(ENEM 2017) O grafite do artista paulista Speto, exposto no Museu Afro Brasil, revela elementos da cultura brasileira reconhecidos

 

A)     na influência da expressão abstrata.

B)      na representação de lendas nacionais.

C)      na inspiração das composições musicais.

D)     nos traços marcados pela xilogravura nordestina.

E)      nos usos característicos de grafismos dos skates.

 



 

Disponível em: <https://bit.ly/3sPiMg6>. Acesso em: 23 jan. 2021.

 

Esse texto foi escrito para

 

A)     contar uma história.

B)     convencer o leitor.

C)     descrever uma cena.

D)    divertir o leitor.

E)     ensinar uma tarefa.       

3)          Leia o texto e responda à questão.

 

Gigante azul gelado

Imagine ligar a televisão e ouvir a seguinte notícia: “Previsão de temperatura máxima para hoje: 196 graus negativos”. Isso seria possível se você estivesse acompanhando notícias sobre um enorme planeta gelado que fica bem longe da Terra: Urano! 

Urano é o sétimo planeta do Sistema Solar e está a cerca de 3 bilhões de quilômetros do Sol. O diâmetro do gigante gelado é quatro vezes maior que o da Terra, e sua massa é quinze vezes maior que a do nosso planeta. [...] Ele foi o primeiro planeta do Sistema Solar a ser descoberto por meio de um telescópio. [...]

Como Saturno, Urano também tem anéis. No total, são dez, formados por partículas de poeira e encontradas em torno do planeta. Como essa poeira foi parar lá? Os astrônomos acreditam que essas partículas são restos de um satélite que se aproximou tanto de Urano que se rompeu. Os restos desse satélite começaram, então, a girar em volta do planeta. [...]

Urano se diferencia dos outros planetas do Sistema Solar por ter o eixo de rotação muito inclinado. O gigante azul está bem “tombado”, tem inclinação de 83 graus. Na prática, isso gera estações do ano (primavera, verão, outono, inverno) muito longas. Em Urano, cada parte do planeta é iluminada por 21 anos, então, cada estação dura 21 anos! [...]

 

CIÊNCIA HOJE DAS CRIANÇAS. Gigante azul gelado. 2005. Disponível em: <http://chc.org.br/gigante-azul-gelado/>. Acesso em: 3 out. 2018. Fragmento.

 

Qual é o tema desse texto?

 

A)     A duração das estações do ano.

B)      A existência de anéis em Saturno.

C)      As características do planeta Urano.

D)     As notícias sobre previsão do tempo.

 

4) Leia o texto e responda à questão.

 


A mocidade



[...] Alerta, oh Mocidade! A Pátria por vós chama.

Mostrai que da verdade Santo amor vos inflama.

Alerta! erguei a fronte,

Medi vosso terreno;

E o vale, e o prado, e o monte Se dobre ao vosso aceno.

Não diga o estrangeiro,

Que vê tantas belezas,

Que o povo Brasileiro

É pobre entre riquezas. [...]

Erguei-vos, e sem susto

Lutai com o erro fútil;

Amai tudo que é justo,

[...] sublime, e útil. [...]



MAGALHÃES, Domingos José Gonçalves de. A mocidade. In: Suspiros Poéticos e Saudades. Ministério da Cultura. Fundação Biblioteca Nacional. Fragmento.  

 

Nesse texto, uma característica própria do Romantismo é

 

A)     a apreciação dos elementos indígenas.

B)      a exaltação do sentimento nacionalista.

C)      a idealização de uma relação amorosa.

D)     a presença de um sentimento pessimista.

E)      a valorização da beleza da mulher amada.

 

5)          Leia o texto e responda à questões 5 e 6.

 

 

Amigos imaginários

 

Almoçamos junto em um restaurante, às vezes tomamos um café; em raras ocasiões acertamos as agendas para o cinema ou happy hour, sempre curta – daí a pouco já estamos cada qual em sua casa. Não mais do que isso, há anos, mas estes encontros quase regulares acabaram criando, entre eu e ela, uma amizade cheia de bons segredos e silêncios. Nunca fui à casa de minha amiga, nem ela foi à minha [...]. E mais: nem conhecemos os amigos e amigas um do outro. Ela me fala de alguns e eu faço o mesmo sobre os meus, mas são turmas diferentes, que nunca se encontram e talvez tenham pouco a se dizer quando se encontrarem. [...]

Bons amigos, ela e eu. Talvez um pouco solitários. [...]

De repente ela me contou, enquanto almoçávamos num restaurante que eu havia sugerido, que há anos tinha alguns amigos imaginários. [...]

Eu dei uma gargalhada tão alta que as pessoas das mesas próximas se voltaram para ver o que

acontecia. [...]

“Amigos imaginários! Tu? Que bobagem!” – disse eu, enquanto continuava a rir.

Ela não riu. Permaneceu séria, como se estivesse prestes a dizer algo importante.

“Mas eles existem!” – explicou, tentando a serenidade que minha risada não deixava – “Tu, por exemplo, és um deles...”

Então eu ri ainda mais alto, uma gargalhada que não conseguia parar – e o olhar dela para mim era de um desapontamento profundo, de uma amizade que de repente se terminava. [...] E eu só fazia gargalhar daquela grande bobagem.

Mas quando olhei para as minhas mãos e percebi que elas começavam a desaparecer, parei de rir.

 

SCHNEIDER, Henrique. Amigos imaginários. Disponível em: <https://bit.ly/2P21QQZ>. Acesso em:

8 jan. 2020. Fragmento.

 

Qual trecho desse texto apresenta um fato?

 

A)     “... uma amizade cheia de bons segredos...”. (1º parágrafo)

B)      “Talvez um pouco solitários.”. (2º parágrafo)

C)      “... disse eu, enquanto continuava a rir.”. (5º parágrafo)

D)     “E eu só fazia gargalhar daquela grande bobagem.”. (9º parágrafo)

 

 

6)           O desfecho dessa história acontece quando o narrador

 

 

A)     descobre que é um amigo imaginário.

B)      diz que amigos imaginários são bobagens.

C)      debocha da revelação de sua amiga.

D)     sugere um restaurante para sua amiga.

 

7)          Leia o texto e responda à questão.

 

Óia eu aqui de novo

 

[...] Óia eu aqui de novo xaxando

Óia eu aqui de novo pra xaxar

 

Vou mostrar pr’esses cabras

[...]

Isso é um desaforo

Que eu não posso levar

Que eu aqui de novo cantando

Que eu aqui de novo xaxando Óia eu aqui de novo mostrando Como se deve xaxar.

 

Vem cá morena bela

Vestida de chita

Você é a mais bonita

Desse meu lugar

Vai, chama Maria, chama Luzia

Vai, chama Zabé, chama Raque

Diz que tou aqui com alegria. [...]

 

(BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em <https://www.letras.mus.br/luiz-gonzaga/842388/>

Acesso em 5 mai. 2013)

 

(ENEM 2014) A letra da canção de Antônio Barros manifesta aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil. O verso que singulariza uma forma do falar popular regional é

 

A)      “Isso é um desaforo”.

B)      “Diz que eu tou aqui com alegria”.

C)      “Vou mostrar pr’esses cabras”.

D)      “Vai, chama Maria, chama Luzia”.

E)       “Vem cá, morena linda, vestida de chita”.

 

8)          Leia o texto e responda à questão.

 

Após falhar a primeira tentativa,  

ele surpreendeu a namorada com pedido de casamento sob as luzes da Aurora Boreal

Um pedido de casamento pode ser simples ou grandioso, e quem planeja fazer do pedido um gesto espetacular procura o cenário perfeito para realizá-lo.

Quando o fotógrafo australiano Dale Sharpe decidiu pedir a mão de sua amada Karlie Russel, ele decidiu mirar alto, e foi ao encontro da maior produtora de espetáculos visuais, sonoros e sensoriais do planeta: a própria natureza. Dale pediu a mão de Karlie em casamento sob as incríveis luzes da aurora boreal da Noruega, no Círculo Polar Ártico.

A natureza fez a parte dela, conforme o combinado, e ofereceu um incrível show de luzes para o pedido de Dale – que fingiu para Karlie que ia simplesmente tirar uma selfie, para salvar a espontaneidade de sua reação na hora em que se ajoelhou e lhe ofereceu o anel.

[...]

Disponível em: <https://goo.gl/Qoji3k>. Acesso em: 10 mar. 2017. Fragmento.  

 

No trecho “... ele decidiu mirar alto,...” (2º parágrafo), a expressão destacada foi usada para

 

A)     demonstrar orgulho.

B)      expressar impaciência.

C)      indicar fingimento.

D)     marcar teimosia.

E)      sugerir ousadia.

 

  

 

 

10)           Leia o texto e responda à questão.

 

AS MENTIRAS QUE O SEU CÉREBRO CONTA PARA VOCÊ

Alexandre de Santi 

 

Com R$ 1,10, você pode comprar um café e uma bala. O café custa R$ 1 a mais do que a bala. Quanto custa a bala? Responda rápido. Dez centavos, certo? Errado. Você acaba de ser enganado pelo próprio cérebro. Mas não está sozinho – mais da metade dos estudantes de universidades prestigiadas como Harvard, MIT e Princeton responderam a essa mesma pergunta e também erraram (entre alunos de instituições menos badaladas, o índice de erro é ainda maior, cerca de 80%). Essa charada é um dos exemplos citados no livro Thinking, Fast and Slow (Pensando, Rápido e Devagar, ainda sem versão em português), do psicólogo israelense Daniel Kahneman, que ganhou o Prêmio Nobel de Economia por suas pesquisas sobre comportamento humano.

Foi o pensamento intuitivo que apontou os dez centavos como resposta para o enigma do café. Só que ele mentiu para você. A resposta certa é R$ 0,05. Se a bala custasse R$ 0,10, o café custaria R$ 1,10 – e o total daria R$ 1,20.

 

Alexandre de Santi. As mentiras que o seu cérebro conta para você. Superinteressante, junho de

2012. Adaptado

 

Na oração – Só que ele mentiu para você. – os pronomes em destaque referem-se, respectivamente,

 

 

A)     ao pensamento intuitivo e ao leitor da revista.

B)      a Daniel Kahneman e a um estudante.

C)      ao cérebro e a Daniel Kahneman.

D)     ao Prêmio Nobel de Economia e a um estudante.

E)      ao enigma do café e ao leitor da revista.

 

11) Leia o texto e responda à questão.

 


Arrozal

Donizete Galvão



Sua tarefa era 
espantar os pássaros
 da plantação de arroz. 
Com um pedaço
 de cabo de vassoura,
 batia na lata vazia
 de querosene.
                                                          Voava a passarinhada.

Substituir o espantalho 
foi o seu primeiro trabalho.



Donizete Galvão. Mundo mudo. São Paulo: Nankin, 2003, p. 18. Adaptado

 

(SARESP 2012) Na segunda estrofe, aparece um verso deslocado graficamente, mais distanciado da margem esquerda do que os demais. Ao utilizar esse recurso, o poeta buscou sugerir, na própria forma do poema, o

 

 

A)     contorno do espantalho substituído.

B)      movimento das aves espantadas.

C)      traçado da plantação de arroz.

D)     som da vassoura batida na lata.

E)      desvio da tarefa exigida no arrozal.

12)Leia o texto e responda à questão.

 

Uma esperança

 

Aqui em casa pousou uma esperança. Não a clássica que tantas vezes verifica-se ser ilusória, embora mesmo assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto. [...]

Ela caminhava devagar sobre os fiapos das longas pernas, por entre os quadros da parede.

Três vezes tentou renitente uma saída entre dois quadros, três vezes teve que retroceder caminho.

Custava a aprender. [...]

— Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita.

— Sei, é assim mesmo. [...]

— Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim.  [...]

 

LISPECTOR, Clarice. Felicidade clandestina. Rio de Janeiro:  Rocco Digital, 2013. Fragmento.

 

No primeiro parágrafo desse texto, qual é o recurso estilístico utilizado?

 

A)     A comparação entre um inseto e um sentimento.

B)      A ironia em relação ao sentimento com um inseto.

C)      A presença de palavras com sonoridade semelhante.

D)     A repetição da palavra esperança de forma excessiva.

E)      A reprodução de sons produzidos pelos insetos.

13)        Leia o texto e responda à questão.

 

Texto 1 

 

Tirana

Minha Maria é bonita,

Tão bonita assim não há;

O beija-flor quando passa

Julga ver o manacá [...]

Companheiros! O meu peito

Era um ninho sem senhor; Hoje tem um passarinho P’ra cantar o seu amor.

Trovadores da floresta!

Não digam a ninguém, não!...

Que Maria é a baunilha

Que me prende o coração [...].

 

 

 

ALVES, Castro. Tirana. In: Antologia: a voz da esperança. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2019. Adaptado.

 

Texto 2

 

Brincar de ser feliz

Tranquei a porta do meu peito

Depois joguei a chave fora

E bem depressa eu mandei

A solidão embora

E nem dei o primeiro passo

Já dei de cara com você

Me olhando com aquele jeito

Que só você tem

Quando quer me vencer

Dona das minhas vontades

Com a chave da paixão

Tranquilamente, vai e volta

Entra e abre a porta

Do meu coração [...]

 

Disponível em: <https://www.letras.mus.br/chitaozinhoe-xororo/45217/>. Acesso em: 17 ago. 2022. Fragmento.

 

Embora pertençam a épocas diferentes, esses textos são semelhantes, pois

 

A)     apontam que o eu lírico se encanta com o olhar da mulher amada.

B)      expressam que o eu lírico tentou fechar o coração para o amor.

C)      indicam que o eu lírico estava ansioso para conhecer a mulher amada. 

D)   mostram que o eu lírico tem o coração dominado pela mulher amada.

E)   revelam que o eu lírico compara a mulher amada com a natureza.            


14)       Leia o texto e responda à questão.

 

Eu sei, mas não devia

 

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.  

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.  

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

[...] 

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

 

COLASANTI, Marina. Disponível em: <http://www.releituras.com/mcolasanti_eusei.asp>. Acesso em: 24 fev. 2011.

Fragmento.

 

No trecho “Eu sei que a gente se acostuma.” (1º parágrafo), a palavra destacada é exemplo da linguagem

 

A)     coloquial.

B)      culta.

C)      jornalística.

D)     regional.

E)      técnica.

 

15)        Leia o texto e responda à questão.

 

Preguiças gigantescas

 

Quando a gente ouve falar de preguiça, pensa logo naquela moleza que nos deixa sem ânimo para estudar e brincar. Mas deixe essa sensação de lado, pois a preguiça aqui é outra. Trata-se de um animal que tem pelos longos e grossos, patas muito desenvolvidas e cauda, chamado assim por causa de seus movimentos lentos. Juntamente com os tatus e os tamanduás, as preguiças são mamíferos que fazem parte da ordem Xenarthra.

Hoje, as preguiças vivem no alto de árvores, como muitos macacos. Porém, há aproximadamente 12 mil anos, existiam, no Brasil, preguiças enormes, que chegavam a ter o tamanho de um elefante. Elas são chamadas preguiças terrícolas, porque, ao contrário das que restaram (denominadas arborícolas), viviam na terra. [...]

O primeiro esqueleto de preguiça terrícola foi encontrado em 1787, na cidade argentina de Luján e mandado para a Espanha, onde havia sido construído um novo museu: o Real Gabinete de História Natural de Madri. Diante do tamanho dos ossos, os espanhóis concluíram que o animal só poderia ser um elefante sul-americano. Mas eles estavam enganados…

Mais tarde, o anatomista francês Georges Cuvier, diretor do Museu de História Natural de

Paris, identificou o esqueleto como o de uma preguiça, que recebeu o nome científico de

Megatherium americanum (grande animal selvagem americano). A partir daí, espécies de vários tamanhos foram descobertas, inclusive pelo importante naturalista inglês Charles Darwin.

 

Disponível em: <http://chc.org.br/preguicas-gigantescas/>. Acesso em: 5 jun. 2020. Fragmento.

 

Qual é o tema desse texto?

 

A)      A descoberta de um fóssil de preguiça gigante.

B)      A dimensão dos elefantes sul-americanos.

C)      A importância do Museu de História Natural de Paris.

D)      A trajetória de estudos do anatomista Georges Cuvier.

16)        Leia o texto e responda à questão.

 

Com que roupa?

 

Já reparou como a moda muda rápido? E em quantas marcas você bate o olho numa caminhada na rua ou nos shoppings? Foi pensando nisso que o escritor e ilustrador francês Pierre Cornuel escreveu “Cada um na Sua” [...], um livro divertido sobre essa parte tão agitada do mundo em que vivemos – a moda e as marcas.

No livro, Galiano é um menino (bem, não é exatamente um menino, é uma espécie de sapo azul que tem pés e mãos) que se muda para uma nova cidade, Paris, e quer se enturmar.  

Em meio a anúncios que fazem paródias de marcas famosas, Galiano busca se vestir igual aos outros meninos de seu bairro e aos anúncios na rua e na TV. Mas fica decepcionado com a rapidez das mudanças: quando descobre qual a calça mais bacana, o boné mais usado ou a camisa que todos acham o máximo, a moda já é outra. Mas a decepção vai servir para que Galiano descubra seu próprio estilo.

 

MORAES, Alexandre. Com que roupa? In: Folhinha. 2005. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/folhinha/ dicas/di22010509.htm>. Acesso em: 13 jan. 2021. Fragmento.

 

Nesse texto, há opinião no trecho:

 

A)     “... o escritor e ilustrador francês Pierre Cornuel escreveu ‘Cada um na Sua’...”. (1º parágrafo)

B)      “... um livro divertido sobre essa parte tão agitada do mundo que vivemos...”. (1º parágrafo)

C)      “... é uma espécie de sapo azul que tem pés e mãos...”. (2º parágrafo) D) “... fica decepcionado com a rapidez das mudanças...”. (3º parágrafo)

 

17) Leia o texto e responda à questão.

Texto 1 

Chuva e sol

Agrada à vista e à fantasia agrada

Ver-te, através do prisma de diamantes Da chuva, assim ferida e atravessada Do sol pelos venábulos1 radiantes...

Vais e molhas-te, embora os pés levantes:

– Par de pombos, que a ponta delicada Dos bicos metem nágua e, doidejantes, Bebem nos regos cheios da calçada...

Vais, e, apesar do guarda-chuva aberto,

Borrifando-te colmam-te as goteiras

De pérolas o manto mal coberto;

E estrelas mil cravejam-te, fagueiras,

Estrelas falsas, mas que assim de perto, Rutilam2 tanto, como as verdadeiras...

 

*Vocabulário:

1   - venábulos: tipo de dardo ou lança de arremesso.

2   - rutilam: brilham vivamente; fulguram, resplandecem.

CORREIA, Raymundo. Chuva e Sol. In: Escritas. Disponível em: <https://www.escritas.org/pt/t/ 11451/chuvaesol>. Acesso em: 2 fev. 2021.

Texto 2

 

Janeiro deságua

E a chuva,

Que um dia pertenceu

Somente a poetas

E devotos agricultores,

Hoje mais matéria de metereologia Do que devaneio de poesia.

Chega janeiro

Deságua meu coração,

Desaba o céu

Escorre pelos rios das veias Velha preocupação.

No semblante do poeta

Se reflete a lamentação,

Alentada por migalhas de esperança:

Janeiro é inevitável,

Mas passará. […]

 

SOARES, Hugo Leonardo. Janeiro deságua. In: Refazendo poesia. Juiz de Fora: Funalfa, 2011. Fragmento.

 

 

 

Apesar de pertencerem a épocas distintas, esses textos são semelhantes, pois

 

A)     apresentam rigor formal semelhante.

B)     especificam o tempo em que a chuva cai.

C)     fazem uso de palavras rebuscadas.

D)    ressaltam a idealização da paisagem.

E)     têm a chuva como fonte de inspiração.

 

 

18) Leia o texto e responda à questão.

 

Bicho-preguiça

 

Parece um macaco, muito peludo e sempre pendurado nas árvores, mas é muito parado para ser um macaco. Leva a vida em câmera lenta, o danado do bicho-preguiça.

A preguiça é um mamífero sem dentes que vive pendurado nas árvores brasileiras. Elas têm um rosto pequeno e parecem que estão sempre sorrindo. As preguiças só comem uma coisa: folhas de embaúba, uma árvore que, por isso, ficou conhecida como árvore-da-preguiça. Esses bichos são assim preguiçosos por causa do calor. Como eles têm o corpo coberto de pelos grossos, não podem se agitar muito porque senão suam para valer.

Não existe apenas um tipo de preguiça. Algumas são acinzentadas e têm três dedos como os da espécie Bradypuus tridactylus. As preguiças da espécie Choloepus didactylus têm apenas dois dedos. Uma outra espécie, Bradypuus torquatus, conhecida como bicho-preguiça-de-coleira, tem pelagem amarelada e faixas negras na nuca. A preguiça-de-coleira está ameaçada de extinção.

[...]

 

Disponível em: <https://www.canalkids.com.br/meioambiente/ mundodosanimais/preguica.htm>. Acesso em: 25 nov. 2015. Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento.

 

Nesse texto, o uso das expressões “Bradypuus tridactylus” e “Choloepus didactylus” (3º parágrafo) é comum em

 

A)     artigos científicos.

B)      certas regiões do país.

C)      conversas entre amigos.

D)     textos jurídicos.

 

19) Leia o texto e responda à questão.

 

Texto 1

 

Seio de Minas

 

Eu nasci no celeiro da arte

No berço mineiro

Sou do campo, da serra

Onde impera o minério de ferro Eu carrego comigo no sangue um dom verdadeiro

De cantar melodias de Minas

No Brasil inteiro

Sou das Minas de ouro

Das montanhas Gerais

Eu sou filha dos montes

E das estradas reais

Meu caminho primeiro

Vem brotar dessa fonte

Sou do seio de Minas

Nesse estado um diamante

 

FERNANDES, Paula. Seio de Minas. Intérprete: Paula

Fernandes. In: Paula Fernandes ao Vivo. Mercury Records, 2011. Faixa 16.

Texto 2

 

Para Lennon e McCartney

 

Porque você não verá meu lado ocidental não precisa medo não não precisa da timidez todo dia é dia de viver Eu sou da América do Sul eu sei, vocês não vão saber mas agora sou cowboy sou do ouro, eu sou vocês sou do mundo, sou Minas Gerais.

 

BORGES, Lô; BORGES, Márcio; BRANT, Fernando. Para Lennon e McCartney. Intérprete: Milton Nascimento. In:

Milton. Rio de Janeiro: EMI-ODEON, 1970. Faixa 1. Fragmento.

 

Qual é a informação comum apresentada nesses textos?

 

A)     A necessidade de viajar pelo Brasil.

B)      A vocação de cantar.

C)      O desejo de vencer a timidez.

D)     O esforço do dia a dia.

E)      O orgulho do estado de Minas Gerais.

 

20)

Leia o texto e responda à questão.


Sou de manifestar



sou de manifestar aquilo que sinto gosto de sentimentos em ebulição e se alguém se assusta se acha absurda a urgência do afeto se vê como loucura carregar o coração também do lado de fora então que se afaste entre a expectativa e a monotonia escolho o agora.



LEÃO, Ryane. Sou de manifestar. In: ____. Tudo nela brilha e queima. São Paulo: Planeta do Brasil, 2017.

Conclui-se desse texto que o eu lírico

 

A)     aproveita os momentos com intensidade.

B)      cria expectativas sobre a vida das pessoas.

C)      se encontra em uma vida monótona.

D)     se incomoda com a loucura das pessoas.

 

21) Leia o texto e responda à questão.

 

MELHOR UM MÁGICO NA MÃO 

QUE DOIS VOANDO

 

Discretamente maquilado, sorri o pálido rosto do mágico, debaixo dos refletores, enquanto no alto a mão volteia, se espalma, e em gesto de quase dança mergulha seca na cartola.  

Mas algo parece retê-la lá dentro. Esforça-se o mágico, puxa, joga para trás o peso do corpo. Tenta sorrir para o público. E já o antebraço afunda na cartola, some o cotovelo. Ainda luta cravando a outra mão no tampo da mesinha. Depois os pés. Inútil. O ombro é tragado no vórtice das abas, nem se salvam o pescoço esticado, a cabeça. Diante da plateia expectante que acredita tratar-se de um novo truque, todo o corpo desaparece pouco a pouco, num último adejar das caudas do fraque.

No fundo de cetim preto, triunfa o coelho. Pela primeira vez, conseguiu botar um mágico na cartola.

 

COLASANTI, Marina. Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro: Rocco, 1986

 

No que diz respeito à perspectiva daquele que conta a história, trata-se de narrador em

 

A)     primeira pessoa, por ser participante da história como um dos personagens.

B)      terceira pessoa, por ser observador e relator dos fatos ocorridos com o mágico.

C)      primeira pessoa, por ser atuante no papel do protagonista mágico.

D)     terceira pessoa, por encarnar a personagem mágico.

E)      terceira pessoa, por assumir-se como personagem secundária.

 

             

22)Leia o texto e responda à questão.

 

O que eu faço com a saudade?

 

Acho que me tornei exagerado por culpa dos filmes que eu vi. De onde eu tiraria o desejo de querer conhecer alguém na biblioteca, tentando pegar o mesmo livro, ao mesmo tempo, segurando pela capa em lados opostos? Pra que eu iria querer trombar com alguém no meio da rua e derrubar as coisas dela, me abaixar para ajudar a recolher, e depois levantar a cabeça devagar, até me deparar com o rosto mais bonito que eu já vi na minha vida? É assim que o meu subconsciente fica pedindo pra eu me apaixonar; trombando em pessoas, derrubando coisas. Talvez eu devesse ir mais em bibliotecas e arriscar livros diferentes. Ou talvez, só talvez, eu devesse assistir outros filmes, sobre pessoas que prestam atenção quando andam na rua. E olha que eu nem espero viver a paixão de um grande filme, pode ser um bem modesto, daqueles que a gente vê na sexta-feira à noite: quando preferimos ficar no sofá do que sair pra rua, evitando pedir o mesmo táxi com alguém, e por coincidência para o mesmo destino. ah, em um dia de chuva.

FONTES, Bruno. O que eu faço com a saudade?

São Paulo: Planeta do Brasil, 2019. Fragmento. O narrador desse texto

 

A)      conta a história de maneira objetiva sem participar das ações.

B)      descreve os fatos como narrador sem ter acesso à consciência das personagens.

C)      faz parte dos acontecimentos da história como personagem secundário.

D)      relata uma história da qual participa também como personagem principal.

E)       sabe o que se passa no íntimo das personagens sem participar da história.

 

23)        Leia o texto e responda à questão.

 

Texto 1

Acredite: você deveria mudar sua dieta de acordo com a estação

Já reparou que quando o inverno chega, você sente a necessidade de dispensar aquela saladinha e se jogar na sopa de legumes? Ou que aquela fruta é muito mais bem vinda quando o dia está quente do que quando precisamos usar duas meias para esquentar os pés? Isso não é só da sua cabeça e nós te explicamos! 

Nosso corpo é feito de ciclos. Seja o circadiano1 ou emocionais, eles regem nossa vida e interferem em tudo sobre nossa existência, inclusive alimentação. “As mudanças de temperatura acabam por alterar luminosidade, assim como o tempo de duração do ‘dia’ o que impacta em nosso ciclo circadiano e consequentemente na liberação hormonal. Neste sentido, também impacta como ocorrem as reações químicas em nosso corpo, assim como sentimos nosso apetite, sede e sensação térmica, consequentemente no nosso humor e como nos relacionamos com o ambiente externo” conta a psiquiatra Maria Francisca Mauro. [...]

*Vocabulário:

1 - ciclo circadiano: mecanismo pelo qual nosso organismo se regula entre o dia e a noite.

BOA FORMA Janeiro 2022. Fragmento.

 

Texto 2

Cronobiologia: acerte os ponteiros do seu relógio biológico

Em sua clínica na Califórnia, nos Estados Unidos, sempre que atende um novo paciente, o médico indiano Suhas Kshirsagar costuma trocar o convencional “Em que posso ajudar?” pelo inusitado “O que você faz a cada hora do dia?” Autor do recém-lançado Mude Seus Horários, Mude Sua Vida [...], ele afirma que o “quando” comemos, dormimos e malhamos é tão importante para o nosso bem-estar quanto o que consumimos, as horas que dormimos e a carga na academia. [...] 

E ele não é o único adepto da cronobiologia, o ramo que estuda como funciona e reage nosso relógio biológico.

O psicólogo americano expert em sono Michael Breus relata que a recuperação de seus pacientes com insônia

e distúrbios afins deu um salto ao incorporar ao tratamento ajustes nos horários de comer, se movimentar, ver TV e, claro, repousar. “Um bom timing é tão poderoso que você pode mudar a vida de qualquer pessoa em praticamente todos os aspectos”, diz o autor de O Poder do Quando [...].  

Embora a mensagem e o título desses livros possam soar a autoajuda, o fato é que a cronobiologia tem muito amparo científico. Seu objeto de atenção é o ritmo circadiano. “É o nosso ritmo biológico, natural, que opera em um ciclo de aproximadamente 24 horas”, traduz o fisiologista José Cipolla Neto, [...] uma das referências no assunto no país.

BERNARDO, André. Cronobiologia: acerte os ponteiros do seu relógio biológico. 2020. Disponível em: <https://bit.ly/3I3eZTK>. Acesso em: 18 fev. 2022.

 

O elemento em comum nesses textos é

 

A)      a clínica de Suhas Kshirsagar.

B)      a comida típica do inverno.

C)      a explicação sobre cronobiologia.

D)      a obra de Michael Breus.

E)       a referência ao ciclo circadiano.

24)        Leia o texto e responda à questão.


18.

 

Nesse cartaz, o uso da imagem do calçado aliada ao texto verbal tem o objetivo de

 

A)     criticar as difíceis condições de vida dos refugiados.

B)      revelar a longa trajetória percorrida pelos refugiados.

C)      incentivar a campanha de doações para os refugiados.

D)     denunciar a situação de carência vivida pelos refugiados.

E)      simbolizar a necessidade de adesão à causa dos refugiados.

             

25)Leia o texto e responda à questão.

 

                                                                                Til

XXI

O Bacorinho

 

[...] Dirigindo-se ao balcão, pesquisou ele com os olhos nas prateleiras e por todo o âmbito da taberna, o que havia para matar a fome: e sempre arranjou-se com um velho queijo de Minas, algumas rapaduras e farinha de milho.

— Pode nos dar café? perguntou ao Chico.

— Há de se poder! tornou o vendeiro.  

Rodearam os caipiras a mesa e devoraram as provisões, depois de terem molhado a garganta [...], a fim de escorregar-lhes bem o bocado, e não os engasgar.  

Na extremidade oposta, tomava o Gonçalo seu café, observando os caçadores com a curiosidade natural à vida monótona do interior [...].  

— Isso há de ser tarde já! disse olhando céu.

Era um pretexto para travar a conversa; mas os outros com a boca cheia não estavam dispostos à palestra. Apenas o Filipe correspondeu com um meneio de cabeça.

Virou o Gonçalo a palangana de café [...].

ALENCAR, José de. Til. Portal Domínio Público. Fragmento.

No trecho “Era um pretexto para travar a conversa...” (7º parágrafo), a expressão em destaque foi utilizada para

 

A)     expressar que a personagem pediu desculpas por suas ações.

B)      indicar que a personagem queria iniciar um diálogo.

C)      marcar que a personagem pretendia deixar o local.

D)     mostrar que a personagem desejava comer sem interrupções. E) revelar que a personagem tentava evitar um conflito.

 

26)       Leia o texto abaixo. 

 

[...] 2020 foi considerado o pior ano em relação às queimadas no Pantanal. Foi o ano em que detectou-se o maior número de focos de incêndio desde 1998.  

Nunca se queimou tanto e por tanto tempo! 

Este era o bioma mais preservado do Brasil até 2018, com cerca de 1,6% da área prejudicada.

Porém, só em 2020, mais de 26,23% do Pantanal foi queimado. [...]  

   Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), só em 2020 as queimadas no

Pantanal brasileiro aumentaram 210%, em relação a 2019. [...]

 

Disponível em: <https://bit.ly/3DRPBy5>. Acesso em: 24 nov. 2021. Fragmento.

 

O problema ambiental descrito nesse texto foi gerado por qual ação antrópica?  

 

A)   Emissão de gases estufa.  

B)    Expansão da fronteira agrícola.  

C)    Extração de minério.  

D)   Poluição dos recursos hídricos.  

E)    Utilização de agrotóxicos.

             

27)          Leia o texto abaixo.

 

A radiação é um tipo de energia que se propaga no ambiente com diferentes velocidades, podendo penetrar em alguns materiais e ser absorvida pela pele e, em alguns casos, pode ser prejudicial à saúde, causando doenças [...].  

 

Disponível em: <https://bit.ly/35UAkAk>. Acesso em: 5 mar. 2022. Fragmento.

 

Qual doença está associada à exposição ao tipo de energia mencionado neste texto? 

 

A)   Câncer.

B)    Diabetes.

C)    Esclerose múltipla.

D)   Hipertensão arterial.

E)    Insuficiência cardíaca.

 

28)       Leia o texto abaixo.

 

Radiação é a energia que provém de uma fonte e viaja pelo espaço, podendo penetrar vários materiais. Os níveis de exposição variam de acordo com as atividades e práticas do homem e, dependendo da intensidade e da duração da exposição (dentre outros fatores), a radiação pode trazer [...] riscos à saúde da população exposta.  

  Radiações de certos comprimentos de onda, chamadas de radiações ionizantes, têm energia suficiente para danificar o DNA das células [...].  

 

Disponível em: <https://bit.ly/375FqdT>. Acesso em: 5 mar. 2022. Fragmento.

 

Dentre os riscos à saúde gerados pela exposição à energia tratada nesse texto está  

 

A)   a disseminação de doenças infecciosas.  

B)    a elevação dos casos de desnutrição.  

C)    a redução da capacidade motora.  

D)   o desenvolvimento de cânceres.  

E)    o surgimento de doenças respiratórias.

 

29)       Leia o texto abaixo.

 

O câncer de pele caracteriza-se pelo crescimento anormal e descontrolado das células que formam a pele. Elas se agrupam em camadas e, conforme a área e o tipo celular afetado, definese o tipo de câncer. [...]  

    O câncer de pele é uma tumoração visível e fácil de ser observada, assim é fundamental visitar o seu médico dermatologista pelo menos uma vez ao ano ou a qualquer sinal de alerta para um exame completo da sua pele.     Esses cuidados simples diminuem os riscos do desenvolvimento da doença e prolongam a sua vida. [...]

 

Disponível em: <https://bit.ly/3MBp8d4>. Acesso em: 5 mar. 2022. Fragmento.

 

O surgimento da doença descrita nesse texto está diretamente relacionado  

 

A)   a baixa ocorrência de banhos de Sol.  

B)    a exposição à radiação solar.  

C)    a ingestão inadequada de líquidos.  

D)   ao convívio social com portadores.  

E)    ao hábito alimentar adotado.

 

 

30)          Leia o texto abaixo.

 

Os protetores solares, também chamados de filtros solares, são extremamente importantes, pois ajudam a diminuir os efeitos nocivos dos raios solares. Esses produtos diminuem a quantidade de radiação ultravioleta vinda do Sol que penetra em nossa pele por meio de mecanismos de absorção, dispersão ou reflexão da radiação. [...]  

   O protetor solar deve ser usado diariamente, mesmo nos dias nublados e com chuva. Deve ser passado em toda parte do corpo que será exposta ao sol, como rosto, braços e mãos. [...]

 

Disponível em: <https://bit.ly/3IRRYTY>. Acesso em: 7 mar. 2022. Fragmento.

 

Qual doença pode ser evitada por meio da utilização dos produtos mencionados nesse texto?

 

A)   Alopecia. 

B)    Câncer.  

C)    Lúpus.  

D)   Micose. 

E)    Psoríase.

 

31)       Leia o texto abaixo.

 

Os recursos naturais são aqueles que o planeta oferece sem necessidade de intervenção humana. [...] 

Os seres humanos estão esgotando esses recursos naturais do planeta, e os níveis de qualidade de vida começarão a diminuir por volta de 2030, caso medidas imediatas não sejam tomadas. O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) alerta que a atual superexploração dos recursos naturais está criando um enorme déficit. Anualmente, são consumidos 20% a mais de recursos em relação à quantidade regenerada, e esse percentual não para de crescer.  

Portanto, se continuarmos nesse ritmo, precisaríamos de 2,5 planetas para nos abastecer em 2050, de acordo com o próprio WWF. [...]

 

Disponível em: <https://bit.ly/3cEXon9>. Acesso em: 23 nov. 2021. Fragmento.

 

O esgotamento dos recursos apresentados nesse texto é diretamente proporcional à taxa de

 

A)   crescimento populacional. 

B)    desemprego.

C)    evasão escolar.

D)   êxodo rural.  

E)    migração.

 

             

32)          Leia o texto abaixo.

 

Um estudo da Funcional Health Tech demonstra um crescimento na incidência de câncer de pele e doenças relacionadas em todo o Brasil. De acordo com os dados, entre 2017 e 2018, os novos casos de melanoma maligno de pele cresceram cerca de 30%, já os casos de outras neoplasias malignas de pele aumentaram 50%. [...]

 

Disponível em: <https://bit.ly/3bih6EV>. Acesso em: 10 maio 2021. Fragmento.

 

O problema ambiental diretamente relacionado com o crescimento mencionado nesse texto é  

 

A)   a destruição da camada de ozônio.  

B)    a ocorrência de chuva ácida.  

C)    a utilização de agrotóxicos.  

D)   o aumento do efeito estufa. 

E)    o fenômeno da inversão térmica.

 

33)       Observe a tabela abaixo.

 

Expectativa de vida da população brasileira em 2005

Regiões  

Homens

Mulheres

Norte 

68,2

74,0

Nordeste 

65,5

72,7

Sudeste 

69,5

77,7

Sul 

70,8

77,7

Centro-Oeste 

69,8

76,6

Disponível em: <https://bit.ly/3cXpwCM>. Acesso em: 7 abr. 2021. Adaptado para fins didáticos.

 

De acordo com essa tabela, a região que apresentava a melhor expectativa de vida em 2005 era a 

 

A)   Centro-Oeste.

B)    Nordeste.

C)    Norte.

D)   Sudeste.

E)    Sul.

    

34) Observe o modelo atômico abaixo, que contribuiu para o entendimento sobre a origem da luz gerada nos fogos de artifício.


 

Disponível em: <https://bit.ly/2DBCWVD>. Acesso em: 4 ago. 2020.

Com base nesse modelo atômico, o estudo que contribuiu para o entendimento da luz foi executado pelo cientista

 

A)   Werner Heisenberg.

B)    Niels Bohr.

C)    Joseph Thomson.

D)   John Dalton.

E)    Ernest Rutherford.

 

35)       A imagem abaixo representa a realização de um determinado exame.



Disponível em: <https://bit.ly/2EIlLTe>. Acesso em: 27 ago. 2020. Adaptado para fins didáticos.

Durante a realização desse exame, qual é o tipo de radiação utilizado?

 

A)   Radiação gama.

B)    Radiação infravermelha.

C)    Radiação ultravioleta.

D)   Radiação visível.

E)    Radiação X.

36) O texto abaixo aborda o problema do aquecimento da água do mar causado pelo funcionamento das usinas nucleares de Angra dos Reis – RJ.

 

 

Poluição termal

 

[...] Depois de deixar a turbina, o vapor passa por um trocador de calor que funciona como um condensador, onde o vapor é resfriado e passa para a fase líquida. Nesse condensador é usada água oriunda de uma fonte externa natural que está localizada perto da usina. O vapor que retornou para o estado líquido é encaminhado para o circuito principal, iniciando novamente todo o processo. Porém, a água usada na refrigeração do condensador retorna para a sua fonte, que pode ser um rio, lago ou mar. [...] 

 

FOGAÇA, Jeniffer. Poluição termal. In: Brasil escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/poluicao-termal.htm>. 

Acesso em: 16 jan. 2019. Fragmento.

 

A perda de calor para a fonte externa natural mencionada nesse texto é justificada pela  

 

A)   lei de Boyle-Mariotte. 

B)    lei de Charles. 

C)    lei de Gay-Lussac. 

D)   primeira lei da termodinâmica.  

E)    segunda lei da termodinâmica.  

37)       Leia o texto abaixo.

 

 

No início dos anos 1900, os cientistas estavam cientes de que alguns fenômenos ocorriam de uma forma discretizada, ao contrário de uma forma contínua. [...] Max Planck estudou a radiação eletromagnética emitida por objetos aquecidos e propôs que a radiação eletromagnética emitida era “quantizada”, visto que a energia da luz só poderia ter valores de acordo com a seguinte equação: Efóton = nhν, onde n é um inteiro positivo, h é a constante de Planck 6,626 × 10-34 J.s – e ν é a frequência da luz, que tem unidades de 1 .

𝑠

[...] 

 

Disponível em: <https://bit.ly/36kf3NK>. Acesso em: 7 jun. 2021. Adaptado para fins didáticos. Fragmento.

 

Com base nesse texto, o valor de energia da radiação, emitida por um corpo aquecido, é igual  

 

A)   a um múltiplo da velocidade da onda.  

B)    a um múltiplo de hν. 

C)    ao módulo da amplitude da onda.  

D)   ao número de oscilações da onda.  

E)    ao produto hν.

 

38) Observe a imagem abaixo, que representa o experimento feito pelo físico inglês James P. Joule, no ano de 1840. Trata-se de um recipiente contendo água que, ao ser agitada pelo movimento de pequenas pás acopladas a um eixo giratório e devido à queda de um sistema de massa, faz com que o termômetro registre variações de temperatura.




Disponível em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/upload/conteudo/experimento-de-joule.jpg>. Acesso em: 16 jan. 2019. *Adaptado para fins didáticos.

 

O trabalho realizado pelas pás nesse experimento provoca uma  

 

A)   conservação do momento angular, pelo princípio da 2ª lei da termodinâmica.  

B)    conservação do momento linear, devido ao fato de que a massa cai em queda livre.  

C)    variação da quantidade de calor, devido ao processo de transferência de calor por convecção.  

D)   variação da energia cinética da água, pelo princípio da lei zero da termodinâmica.  

E)    variação da energia interna da água, pelo princípio da 1ª lei da termodinâmica.

 

39)       Leia o texto abaixo.

 

[...] Na natureza, encontramos a energia em diversas formas: energia nuclear, elétrica, mecânica, solar dentre outras, e é possível transformá-las integralmente em calor. Quando lixa uma mesa, através do atrito, você transforma integralmente o trabalho em calor com muita facilidade. 

O processo inverso, ou seja, transformar o calor em trabalho não é tão simples e está sujeito a certas restrições. [...]  

Em outras palavras, é impossível construir uma máquina térmica com 100% de eficiência. [...]  

 

Disponível em: <https://bit.ly/3don2ME>. Acesso em: 30 mar. 2021. Fragmento.

 

A impossibilidade de construir uma máquina com a eficiência mencionada nesse texto está fundamentada 

 

A)   na Lei da Conservação da Energia.

B)    na Primeira Lei da Termodinâmica.

C)    na Segunda Lei da Termodinâmica.

D)   no Princípio Fundamental da Dinâmica.

E)    no Teorema do Trabalho-Energia Cinética.

    

40) Alguns objetos, como relógios, por exemplo, possuem luminescência, ou seja, brilham no escuro, pois foram pintados com tinta à base dos elementos rádio ou urânio e tendem a emitir partículas alfa.

Essa luminescência acontece devido à  

 

A)   radioatividade.

B)    mutação química.

C)    energia térmica.

D)   energia atômica.

E)    eletroquímica.

 

41)       Leia o texto abaixo.

 

O chumbo é um metal pesado que é bioacumulativo (acumula-se progressivamente na cadeia alimentar e não é eliminado com o tempo), tóxico, cancerígeno, prejudicial ao cérebro e ao sistema nervoso, pode afetar o sistema circulatório, levar ao desenvolvimento de anemia, saturnismo, gerar alterações neurológicas e do sistema reprodutor, além de disfunção renal.

Todos esses fatores levam muitos a se preocuparem com as formas de contaminação por chumbo, e um dos envolvidos em especulações são os cosméticos. Desde o dia 27 de março de 2013, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) regulamentou o uso de chumbo em cosméticos por meio da resolução RDC 15/2013 e determinou que o uso de acetato de chumbo só pode ocorrer em tinturas capilares, sendo que em outros cosméticos não há nenhuma regulamentação. [...]  

 

Disponível em: <https://bit.ly/38o6Ppe>. Acesso em: 9 mar. 2021. Fragmento.

 

As doenças mencionadas nesse texto estão associadas à  

 

A)   suscetibilidade coletiva.

B)    solubilidade do metal.

C)    predisposição genética.

D)   densidade do metal.

E)    concentração do metal.

 

42) Para eliminar fungos e bactérias de muitos alimentos frescos, como carnes, peixes e mariscos, submete-se esses alimentos a métodos para prolongar sua vida útil e evitar sua deterioração. Porém, muitos alimentos não podem passar por métodos convencionais como a pasteurização térmica, por exemplo.  

 

Para impedir o crescimento de agentes produtores da deterioração nesses alimentos, eles são submetidos à  

 

A)   eletrólise.  

B)    energia atômica.  

C)    energia térmica.  

D)   mutação biológica.  

E)    radioatividade.

    

43)       Leia o texto abaixo.

 

Não há dúvidas de que frutas e verduras são parte fundamental de uma dieta saudável e balanceada. Mas entre as frutas e verduras também se encontram, naturalmente, algumas substâncias potencialmente ruins. Um exemplo é a banana: elas têm potássio, um elemento crucial para o bom funcionamento do organismo. Mas, o consumo demasiado de potássio pode ter efeitos como palpitação irregular do coração, dor de estômago, náusea e diarreia.

Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150921_frutas_verduras_toxicas_fn>. Acesso em: 7 out. 2016. Fragmento. Qual medida deve ser tomada para evitar os sintomas apresentados nesse texto? 

 

A)   Adicionar à plantação substâncias que cortem o efeito dos elementos.  

B)    Comer o mesmo alimento sem excesso. 

C)    Consumir o alimento juntamente com outro que apresente efeito contrário.  

D)   Deixar de ingerir esses tipos de alimentos. 

E)    Ingerir substâncias que evitem os sintomas.

 

44) O cloreto de sódio, mais conhecido como sal de cozinha, é empregado em receitas culinárias e dissocia-se facilmente em água. O processo de formação dessa substância pode ser representado pelo modelo abaixo.


 

Qual tipo de ligação química é formada nesse processo?

 

A)   Apolar.

B)    Covalente.

C)    Dativa.

D)   Iônica.

E)    Metálica.

 

45) Os insetos possuem uma grande capacidade de andar sobre a água. Isso se deve a uma propriedade da substância, denominada tensão superficial e representada pela imagem abaixo.



Qual é o tipo de interação intermolecular que resulta nessa propriedade?

 

A)   Ligação iônica.

B)    Ligação de hidrogênio.

C)    Ligação covalente.

D)   Dipolo-induzido.

E)    Dipolo-dipolo.

Aulas 13 e 14

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