domingo, 5 de dezembro de 2021

Os 4 pilares da Educação





1- Aprender a conhecer

A aprendizagem do domínio dos próprios instrumentos do conhecimento simultaneamente, como um meio e uma finalidade da vida humana. Meio, porque se pretende que cada um aprenda a compreender o mundo que o rodeia, pelo menos na medida em que isso lhe é necessário para viver dignamente, para desenvolver as suas capacidades profissionais, para comunicar. Finalidade, porque seu fundamento é o prazer de compreender, de conhecer, de descobrir.

2- Aprender a fazer

Aprendizagem para desenvolver habilidades de fazer, não só para qualificar-se profissionalmente mas, para qualificar-se socialmente. Com objetivo mais amplo preparando para uma participação formal ou informal no desenvolvimento.

3- Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros – conviver

Aprendizagem do outro, descobri o outro. Aprender a participar da vida social, dos projetos comuns, aprender a resolver conflitos.

4- Aprender a ser

Aprendizagem de referências, estratégias para lidar e compreender o mundo ao redor, desenvolvendo autores responsáveis e justos. Aprendizagem do pensamento livre, crítico, do conhecimento dos próprios sentimentos e desenvolvimento das habilidades e potencial criativo.

foto: pexels-monstera-6238120  




domingo, 21 de novembro de 2021

O Buda e o Mendigo

Essa é uma história contada por um monge num templo na Tailândia:

                                                                                                                                                                        Um pobre mendigo estava tentando juntar comida, mas todos os dias ela desaparecia.    Até que em um certo dia, ele pegou o rato que roubava sua comida.

         O mendigo, então, perguntou ao rato:

         - Por que rouba minha comida? Afinal, sou um mendigo, já não tenho nada. Vá roubar de pessoas ricas, elas nem vão sentir falta!

         O rato respondeu:

         - O meu destino é roubar de você.

         O mendigo queria saber:

         - Por quê?

        E o rato respondeu:

       - Porque faz parte do seu destino ter somente oito itens em sua posse. Você pode mendigar o quanto quiser, mas só poderá ter oito itens.

       O mendigo, de coração partido, questionou a razão do seu destino, porém o rato não sabia responder e pediu que o mendigo perguntasse ao Buda.

      Assim, o mendigo iniciou sua viagem em busca do Buda. Ele andou o dia todo, até que chegou em uma propriedade de família rica, resolvendo parar e pedir abrigo ao senhor que o atendeu. Prontamente, o senhor da casa o deixou entrar.

      Assim que adentrou na casa, o senhor perguntou:

      - Para onde está indo, viajando tão tarde da noite?

      - Eu preciso encontrar Buda, pois tenho uma questão para ele - respondeu o mendigo.

      A esposa do senhor entrou no aposento e, ao ouvir o que o mendigo dizia, perguntou:

      - Pode fazer uma outra pergunta ao Buda?

      - Sim, acredito que posso fazer um questionamento em seu nome. Qual é a questão? 

                                                                                                                                                                                              

      - Nós temos uma filha de 16 anos, que não consegue falar e queremos saber o que fazer para resolver esse problema - disse a esposa do senhor.

      Na manhã seguinte, o mendigo prosseguiu viagem agradecendo a hospitalidade e garantiu que faria a pergunta ao Buda. 

      No meio do caminho, vislumbrou o mar de montanhas que teria que atravessar e subiu em uma delas, onde encontrou um feiticeiro que carregava um cajado e perguntou a ele:

      - Pode me ajudar a atravessar as montanhas?

      O feiticeiro concordou e os dois subiram no cajado do feiticeiro, voando sobre as montanhas. Enquanto voavam, o feiticeiro perguntou:

      - Para onde está indo? Para que atravessar todas essas montanhas?

      - Estou indo me encontrar com Buda. Preciso questioná-lo sobre o meu destino - respondeu o mendigo.

      - Verdade? Pode fazer uma pergunta ao Buda em meu nome? Há mil anos tento ir ao paraíso,  penso  que  com  os  meus  conhecimentos    poderia  ir  até    -  questionou  o

feiticeiro.

      -  Com  certeza,  posso  fazer  essa  pergunta  ao  Buda  em  seu  nome  -  respondeu  o mendigo.

      Prosseguindo sua viagem, o mendigo se deparou com mais um obstáculo: um rio que ele não conseguia atravessar.

      Pensando  como  faria  para  atravessar  o  rio,  o  mendigo  viu  surgir  uma  tartaruga gigante, que o levou até o outro lado do rio.

      Enquanto atravessavam o rio, a tartaruga perguntou:

     - Para onde vais que precisa atravessar o rio?

     - Vou ver o Buda! Quero saber sobre o meu destino - respondeu o mendigo.

     - Pode levar uma pergunta minha ao Buda, por favor? - perguntou a tartaruga.

                                                                                                                                                                                                   

     - Posso sim! Qual é a pergunta? 

     - Eu tento me transformar em dragão há mais de 500 anos e, segundo meus conhecimentos, já deveria ter me transformado em dragão. Como faço para me transformar nele? Pode perguntar isso ao Buda?

    - Eu levo a sua pergunta ao Buda e agradeço por ter me ajudado a atravessar o rio.

    Assim, o mendigo continuou a sua viagem até chegar onde o Buda morava. O mendigo parou por um momento em frente ao mosteiro, respirou fundo, caminhando com determinação e entusiasmo, pronto para fazer a sua pergunta e a de todos que

encontrou pelo caminho.

    Adentrando ao mosteiro, o mendigo encontrou o Buda e fez uma reverência:

    - Buda, por favor, aceite minhas felicitações, viajei de muito longe para estar diante de ti e fazer algumas perguntas. Posso perguntar?

    O Buda prontamente aceitou e disse:

    - Eu te responderei apenas três questões.

    O jovem mendigo não acreditou no que ouviu, ele tinha quatro questões. Como faria para honrar a sua palavra e ainda fazer a sua pergunta? Pensou em todos que o ajudaram

a  chegar  até  ali.  A  menina  que  ficaria  sem  falar  por  toda  vida,  o  feiticeiro  que  não chegaria  ao  sonhado  paraíso  e  na  tartaruga  que  tentava  se  tornar  um  dragão.  Então, pensou:

     “Eu sou apenas um mendigo! Posso voltar às ruas e continuar pedindo, já estou acostumado! Mas para eles, tudo pode mudar se tiverem suas respostas.” 

      Sentindo  que  seu  problema  era  muito  pequeno  diante  dos  problemas  dos  outros, perguntou ao Buda apenas as perguntas daqueles que o ajudaram.

      Como esperado, o Buda respondeu:

     - A menina só conseguirá falar quando encontrar a sua alma gêmea, a tartaruga virará dragão quando estiver disposta a sair de seu casco, do seu conforto, e o feiticeiro nunca                                                                                                                                                                                                       solta seu cajado porque ele tem um peso, como uma âncora que não permite que ele siga ao paraíso.

     Assim, o mendigo agradeceu ao Buda e iniciou o seu retorno para casa.

     Durante a sua volta, como era esperado, encontrou seus novos amigos. Primeiro, foi a tartaruga que queria saber: 

      - Perguntou ao Buda como posso virar dragão?

      - Sim! Ele disse que você só precisa abandonar o seu casco para se tornar dragão! 

      A tartaruga, então, saiu de seu casco e o ofereceu ao mendigo em agradecimento.

Dentro deste casco havia pérolas preciosas, encontradas nas águas mais profundas do oceano.

      Continuando seu retorno, o mendigo encontrou o feiticeiro no topo na montanha e logo foi contando a ele sobre a resposta do Buda:

      - Você só precisa soltar seu cajado e poderá seguir para o paraíso!

      Ao ouvir a resposta, o feiticeiro ofereceu seu cajado ao mendigo, agradecendo, pois agora poderia ir ao paraíso.

      O  mendigo  agora  tinha  o  poder  do  feiticeiro  e  a riqueza  da  tartaruga,  assim, continuou sua viagem de volta, indo até a casa da família que o abrigou.

      Chegando à propriedade, a família ficou muito contente com o seu retorno e com a resposta que ele trazia.

      - O Buda disse que sua filha voltará a falar quando encontrar sua alma gêmea. 

      Naquele momento, a jovem filha do casal desceu as escadas e falou:

      - Não foi esse rapaz que esteve aqui na semana passada?

       Todos ficaram espantados e olharam para o mendigo: ele era a alma gêmea da filha! 

       O casamento foi marcado e todos viveram felizes para sempre....

 

 Moral da história: Tudo o que fazemos para o mundo voltará para nós!

Lígia Carina C. Barbosa – Texto adaptado para este material

 

Foto de Wouter de Jong no Pexels



 

1) Vocês conhecem alguma pessoa do nosso tempo que segue alguns dos ensinamentos de Buda? Deem exemplos.

2) É possível que cada um de nós possamos desenvolver alguns desses ensinamentos?

3) O que levou o mendigo, após exaustiva jornada, abrir mão de sua resposta?

4) O mendigo foi capaz de desenvolver alguns dos ensinamentos de Buda? Quais?

5) Na fábula, o que o mendigo recebeu após ajudar a cada um que encontrou pelo caminho?

6) Ele agiu pensando na recompensa?

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

 

A menina do vestido azul





Você já viu uma casa que parece mal-assombrada? Uma casa com paredes sujas, janelas quebradas, jardim cheio de mato...

A casa onde Talita morava com seus pais era deste jeito.

As outras casas do bairro também eram simples, mas um pouco mais conservadas.

Talita nunca faltava à escola e sempre tirava notas boas. Ela era muito boazinha com as pessoas, mas as outras meninas quase nunca queriam lhe dar a mão quando brincavam de roda.

É que ela estava sempre suja e com a roupa rasgada.

O professor de Talita chamava-se Felipe.

Ele trabalhava muito e adorava seu trabalho. Mas o dinheiro era curto. Não sobrava quase nada no final do mês.

O professor Felipe tinha muita vontade de ajudar Talita a ter mais amigos. Então, teve uma ideia: decidiu comprar um vestido novo para ela.

Para poder juntar dinheiro, ele parou de almoçar no bar do Chico e aprendeu a cozinhar, porque saía mais barato. Depois de um mês, o professor já tinha virado um cozinheiro de mão cheia! E ficou tão animado com o resultado que começou a ter mais ideias práticas para fazer economia. Assim, chegou o dia em que conseguiu comprar um vestido para Talita!

O vestido era lindo, todo azul!

A menina adorou!

Quase não conseguiu agradecer, de tanta emoção que sentiu!

Voltou para casa abraçando com força seu presente.

O pai e a mãe de Talita também perceberam que a filha estava mais alegre. Então a mãe, que se chamava Joana, disse:

— Como nossa filha está sujinha!

Nem combina com esse vestido tão novo e tão limpo...

Deu banho em Talita, cortou suas unhas e penteou seus cabelos. Que mudança! Talita gostou e, desde aquele dia, passou a se cuidar mais.

Agora ela andava sempre limpinha e penteada, com seu vestido azul.

Logo as outras crianças começaram a convidá-la para suas brincadeiras. Talita estava tão feliz! Para ela, o mundo ficou parecendo tão azul quanto seu vestido!

Um dia, o pai de Talita, que se chamava Jorge, falou para Joana:

— Sabe o que eu pensei? Que é uma vergonha que nossa filha, tão estudiosa e bem arrumada, more em uma casa como esta, toda quebrada e suja! Vamos dar um jeito nisso?

Joana achou que ele tinha razão:

— Vou fazer uma limpeza, jogar fora o que a gente não usa e fazer umas cortinas com aquele pano que ganhei de aniversário.

Arrumar a casa deu bastante trabalho, mas Jorge e Joana sentiam um prazer enorme ao ver tudo se transformando. Não entendiam como tinham conseguido viver por tanto tempo daquele jeito!

Aos poucos, a casa foi ganhando vida nova.

Agora ela tinha um jardim florido, paredes branquinhas, vasinhos nas janelas... Os vizinhos começaram a comentar:

— Que coisa incrível! A casa do Jorge e da Joana, agora, é a mais bonita da rua! E eles não gastaram quase nada!

- Pois é! Agora a nossa é que está fazendo feio!

Amanhã vou comprar uma lata de tinta e dar um jeito na fachada.

— E eu vou arranjar mudas de roseira.

Sempre quis ter um jardim de rosas!

— Faz tempo que eu estou querendo pintar a porta e as janelas da mesma cor. Também quero uma casa bonita!

Em pouco tempo, o bairro todo estava transformado!

Mas a poeira das ruas de terra ainda sujava bastante as casas.

Joana falou:

— Se nossas ruas fossem pavimentadas, teria menos poeira e tudo ficaria mais limpo!

Ela e outras pessoas do bairro formaram um grupo. Foram até a prefeitura e pediram este melhoramento. O prefeito resolveu visitar o bairro e ficou impressionado com o capricho dos moradores. Disse:

- Nunca vi casas tão bem cuidadas! Vou providenciar a pavimentação das ruas principais e a canalização do esgoto!

Talita também teve uma ideia:

— Ali na esquina tem um terreno baldio, cheio de mato e lixo. Se todos ajudassem, ele poderia virar uma praça, com brinquedos pra gente se divertir!

A criançada adorou a sugestão e o prefeito autorizou o projeto.

Depois de retirar o lixo, os moradores descobriram que, reunindo seus talentos, poderiam construir os brinquedos. Quem tinha material sobrando em casa... doou. Quem sabia trabalhar com madeira... trabalhou. Quem não sabia... aprendeu. Por fim, com restos de tinta, pintaram tudo bem colorido! Logo, a praça tinha balanços, gangorras e um escorregador, que num instante se encheu dos risos das crianças!

Dona Corina, que nunca saía da cama, levantou-se e foi até a calçada.

Seu Clodoaldo, que só pensava em fazer contas, cheirou uma flor.

Dois namorados pararam de se beijar e foram pra janela olhar.

Os risos alegres lembraram a todos que a vida tinha ficado melhor!...

Mas havia alguém mais feliz: o professor Felipe. Ele olhava as ruas limpas, as rosas nos jardins, as pessoas mais sorridentes, e pensava:

“Quem diria!

E tudo começou com um vestido azul!...”

Cada atitude nossa, mesmo que pareça pequena e que não dê frutos instantâneos, é importante e traz resultados.

Um pequeno gesto pode fazer muita diferença!

Então, vamos presentear nossos amigos com um lindo vestido azul e ver esse pequeno gesto se transformar em um grande movimento!

Autor: Desconhecido

Agradecimento: Professora Rosana



Leitura do conto “A menina do vestido azul”, que aborda pequenas ações que contagiam, positivamente, as pessoas, e que colaboram para a melhoria do ambiente.



Sugestões de atividades



Atividade 1

Após a leitura, os alunos confeccionam, em papel, peças de vestuário (calça, saia, blusa, vestido etc.) e, nelas, registram ações que eles realizam e que ajudam a melhorar o ambiente escolar e a própria aprendizagem. Após, solicitar que combinem as peças em um "Varal ou Painel das Boas Ações".



Atividade 2

Ser protagonista de nossa vida é ser líder de transformações positivas para o mundo. Essas transformações podem começar pelas ações que realizamos onde vivemos, estudamos ou frequentamos. Forme grupos e, para cada um, determine um líder. O líder deve chamar voluntários para cuidar de uma determinada tarefa. Por exemplo: um grupo cuidará das plantas da escola; outro será a equipe da decoração; outro será a equipe da limpeza; e assim por diante!

“Seja a mudança que você quer ver no mundo” Mahatma Gandhi



Atividade 3

Quando uma pessoa nos presenteia com algo ela está confiando em nossa capacidade de ser cuidador. A partir da atitude do professor, que deu um vestido azul à aluna, a comunidade transformou suas casas, suas ruas, seu bairro e, consequentemente, a cidade. Para desenvolver esse tipo de responsabilidade e compromisso:

Confeccione em papel um “vestido azul” e escreva nele uma mensagem de carinho e respeito. Entregue-o a alguém da sala!



O objetivo das atividades é que os alunos identifiquem que suas ações, unidas, formam uma força, e melhoram o dia a dia na escola.

 


imagem: pixabay




quarta-feira, 22 de setembro de 2021

CLUBE JUVENIL



https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-content/uploads/2021/03/Clube-Juvenil-Caderno-do-Estudante.pdf 



ROTEIRO PARA ENTREVISTA COM OS PRESIDENTES DE CLUBES JUVENIS DA ESCOLA

Como são definidos os temas e os objetivos do Clube Juvenil?

Quem são os responsáveis pelo Clube Juvenil?

Como fazer para dar início a um Clube Juvenil?

Como entrar para um Clube Juvenil?

Qual o tempo de duração do Clube Juvenil?

O que faz um Presidente de Clube Juvenil?

O que fazem os outros membros do Clube Juvenil?

Quais são e como são definidas as funções dos membros do Clube Juvenil?

Quem define como se desenvolvem as ações do Clube Juvenil?

Em que lugar e momento são realizadas as reuniões do Clube Juvenil?

O que acontece nas reuniões dos Clubes Juvenis?

Como são registrados os objetivos, estratégias e reuniões do Clube Juvenil?

O Clube Juvenil poderá ter ajuda de pessoas que não são seus membros?

Quando, como e quem fará a avaliação do clube e das ações desenvolvidas?

Como será encerrada a atividade do Clube Juvenil?




domingo, 8 de agosto de 2021

Touca Vermelha e Lobobão

imagem: pixabay

Tema da aula: Texto narrativo ficcional e construção de sentido.

Objetivo da aula: Analisar um texto narrativo ficcional, destacando a forma de composição do gênero e os recursos expressivos e linguístico-gramaticais empregados.

O título da aula de hoje, “Touca Vermelha e Lobobão”, faz referência a que conto tradicional?

Levante hipóteses quanto ao enredo dessa nova versão.

                                                      Touca Vermelha e Lobobão

Numa cidade, ao lado de uma floresta, morava uma menina chamada Daniela que, frequentemente, usava uma touca vermelha.

Todas as tardes, Touca Vermelha levava um pouco de compras para sua avó, dona Alice, que não podia sair de casa por causa da pandemia de coronavírus.

Numa dessas tardes, ao levar um cesto de peixes para a vovozinha, ela pegou um atalho que passava perto da floresta onde morava o denominado Lobobão.

Lobobão era um lobo facilmente enganado pelas pessoas, nenhum adulto tinha medo dele, no entanto a sua aparência assustava as crianças. E foi exatamente isso que ele fez com a Touca Vermelha naquela tarde.

A menina estava apressada, o peixe não poderia estragar, foi quando, de forma assustadora, o lobo pulou na frente dela e gritou:

— Buuu, garota!!!!  Estou com máscara, mas sinto cheiro de peixe!!! Me entregue o peixe ou eu vou tossir em você!!!

Daniela, sem pensar, espirrou álcool em gel na direção do lobo.

Lobobão, assustado, tampou os olhos e, ao tirar as mãos, percebeu que ela havia deixado cair um peixe. Achando-se vencedor, gritou:

— Me dei bem!!!

Pegou o peixe, começou a comê-lo rapidamente e, esquecendo-se das espinhas, engasgou-se com uma delas. Desesperado, saiu correndo em busca de socorro. Chegando ao hospital, viu que havia uma fila muito grande para atendimento.

—  Parece que não estou num bom dia!

A espera foi longa, mas, após algumas tentativas, o médico conseguiu retirar a espinha da garganta de Lobobão, que voltou para casa refletindo sobre sua atitude, e prometeu a si mesmo nunca mais assustar as crianças.

Agora, na cidade inteira, ele é chamado de Lobobom.

 

Estudo do texto

 

1. Utilize a legenda para classificar os marcadores abaixo:

I. Marcador de tempo                  II. Marcador de lugar

a) “Numa cidade, ao lado de uma floresta...” (    )

b) “Todas as tardes...” (    )

c) “Numa dessas tardes...” (    )

2. Releia: “Lobobão era um lobo facilmente enganado pelas pessoas, nenhum adulto tinha medo dele [...]” . Esse trecho justifica o foco narrativo apresentado pelo texto:

(  ) narrador-personagem              (   ) narrador-observador

 

3. Por meio de quais outros nomes os autores fizeram referência à personagem Touca Vermelha?

4. Releia o trecho abaixo.

“A menina estava apressada, o peixe não poderia estragar, foi quando, de forma assustadora, o lobo pulou na frente dela e gritou:

— Buuu, garota!!!!  Estou com máscara, mas sinto cheiro de peixe!!! Me entregue o peixe ou eu vou tossir em você!!!”

Agora, complete.

  1. No trecho acima, temos um exemplo de discurso _______________(direto/indireto).
  2. O verbo dicendi (verbo do dizer) que indica a fala da personagem é _______________.

 

5. Ao darem voz para o lobo, os autores se utilizaram de um recurso expressivo, a figura de linguagem denominada

  1. (    ) metáfora;
  2. (    ) comparação;
  3. (    )personificação /prosopopeia.

 

 


 

terça-feira, 6 de julho de 2021

Fábulas



VAMOS FALAR DE FÁBULAS?

CONHECIMENTOS PRÉVIOS



As imagens acima representam quais fábulas?






A cigarra e a formiga



Atividade destinada aos alunos do 7º ano 

Fábulas europeias


https://tvbrasil.ebc.com.br/janelajanelinha/episodio/fabulas-europeias 




segunda-feira, 28 de junho de 2021

ORIENTAÇÃO DE ESTUDOS


Aprendendo a fazer marginálias

Mobilização dos conhecimentos prévios 

1. O que vocês sabem sobre o continente africano e a escravidão?

Resposta pessoal. Professor(a), explore com os(as) estudantes o que é um continente a fim de queles(as) possam situar-se diante do que foi lido.

 2. Qual relação existe entre o continente africano e a escravidão?

 Resposta pessoal. Espera-se que os(as) estudantes façam a relação a partir da leitura do texto apresentado.

3. Em qual (is) componente(s) curricular(es) você estudou sobre esses temas?

Resposta provável: História, Geografia, Sociologia, Língua Portuguesa. 

4. Em quais tipos de manifestações artísticas eles aparecem? E qual sua influência na cultura brasileira?

Resposta provável: música, dança, pintura, poesia, literatura etc.

5. Observe a figura a seguir e responda: o que ela representa?

Resposta pessoal. Espera-se que os(as) estudantes respondam que ela representa a sociedade escravista.

https://pixabay.com/pt/illustrations/pintura-arte-d%C3%A9cada-de-1690-80648/. Acesso em: 09 out. 2020

6. Analisando a imagem apresentada, como se caracterizava a sociedade da época?


Atividade destinada ao 6ºB




quinta-feira, 17 de junho de 2021

CRÔNICA

 

O LIXO






Luís Fernando Veríssimo

Encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo.

É a primeira vez que se falam.

-- Bom dia...

-- Bom dia.

-- A senhora é do 610.

-- E o senhor do 612

-- É.

-- Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...

-- Pois é...

-- Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo...

-- O meu quê?

-- O seu lixo.

-- Ah...

-- Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena...

-- Na verdade sou só eu.

-- Mmmm. Notei também que o senhor usa muito comida em lata.

-- É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar...

-- Entendo.

-- A senhora também...

-- Me chame de você.

-- Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim...

-- É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas, como moro sozinha, às vezes sobra...

-- A senhora... Você não tem família?

-- Tenho, mas não aqui.

-- No Espírito Santo.

-- Como é que você sabe?

-- Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.

-- É. Mamãe escreve todas as semanas.

-- Ela é professora?

-- Isso é incrível! Como foi que você adivinhou?

-- Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.

-- O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.

-- Pois é...

-- No outro dia tinha um envelope de telegrama amassado.

-- É.

-- Más notícias?

-- Meu pai. Morreu.

-- Sinto muito.

-- Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos não nos víamos.

-- Foi por isso que você recomeçou a fumar?

-- Como é que você sabe?

-- De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.

-- É verdade. Mas consegui parar outra vez.

-- Eu, graças a Deus, nunca fumei.

-- Eu sei. Mas tenho visto uns vidrinhos de comprimido no seu lixo...

-- Tranquilizantes. Foi uma fase. Já passou.

-- Você brigou com o namorado, certo?

-- Isso você também descobriu no lixo?

-- Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora.

Depois, muito lenço de papel.

-- É, chorei bastante, mas já passou.

-- Mas hoje ainda tem uns lencinhos...

-- É que eu estou com um pouco de coriza.

-- Ah.

-- Vejo muita revista de palavras cruzadas no seu lixo.

-- É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.

-- Namorada?

-- Não.

-- Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.

-- Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.

-- Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.

-- Você já está analisando o meu lixo!

-- Não posso negar que o seu lixo me interessou.

-- Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la. Acho que foi a poesia.

-- Não! Você viu meus poemas?

-- Vi e gostei muito.

-- Mas são muito ruins!

-- Se você achasse eles ruins mesmo, teria rasgado. Eles só estavam dobrados.

-- Se eu soubesse que você ia ler...

-- Só não fiquei com eles porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?

-- Acho que não. Lixo é domínio público.

-- Você tem razão. Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?

-- Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...

-- Ontem, no seu lixo...

-- O quê?

-- Me enganei, ou eram cascas de camarão?

-- Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.

-- Eu adoro camarão.

-- Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode...

-- Jantar juntos?

-- É.

-- Não quero dar trabalho.





-- Trabalho nenhum.

-- Vai sujar a sua cozinha?

-- Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.

-- No seu lixo ou no meu?




Entendendo a crônica:

01 – É possível concluir, a partir da leitura do texto que:

a) O lixo produzido pelas pessoas é um dos maiores causadores dos problemas ambientais urbanos.

b) É preciso acondicionar corretamente o lixo para evitar os problemas ambientais.

c) O lixo pode ser uma fonte de informação sobre as pessoas que o produzem.

d) É possível apaixonar-se pelo lixo do outro.

02 – O texto é uma crônica porque:

a) É um texto leve e bem humorado, com linguagem acessível e marcas da oralidade.

b) É um texto leve e bem humorado, rico em vocabulário elevado e cheio de expressões antigas.

c) É um texto elaborado para ser publicado em livro e, por isso, apresenta uma ligação com o momento em que foi realizado.

d) É um texto literário e repleto de recursos poéticos, como metáforas e metonímias.

03 – Há identificação do tempo e do lugar de onde acontecem os fatos narrados?

A identificação de tempo e de lugar também é muito vaga, pois podemos apenas identificar trata-se de um prédio de apartamentos, pela forma como os personagens se referem (a senhora do 610, o senhor do 612).

04 – Onde aconteceu o primeiro encontro das personagens?

a) Dentro do apartamento.

b) Na área de serviço.

c) Na cozinha.

d) No quarto do senhor do 612.

05 – Em “Isso” é incrível! Como você adivinhou? O elemento destacado retoma qual informação no texto?

a) Envelopes no lixo da senhora.

b) Família da senhora.

c) Indiscrição do senhor.

d) Pai da senhora.

06 – De acordo com o texto, qual elemento que faz o senhor chegar à conclusão que a senhora tinha brigado com o namorado?

a) Buquê de flores jogado no lixo.

b) Carteira de cigarros amassados no lixo.

c) Fotografia rasgada.

d) Telegrama amassado no lixo.

07 – Qual a finalidade do texto?

a) Anunciar a importância do lixo.

b) Informar um fato acontecido na rua.

c) Relatar conflitos entre vizinhos.

d) Relatar um início de um relacionamento.

08 – O rompimento do namoro do homem foi revelado:

a) Pela fotografia.

b) Pelas cartas amassadas.

c) Pelo buquê de flores.

d) Pelos poemas escritos.

09 – Qual foi o pretexto utilizado pelos personagens para o início da conversa?

a) A família.

b) O lixo.

c) O namorado.

d) O pai.

10 – Na oração “Na verdade sou só eu”, o “eu” se refere a quem?

a) Lixeiro.

b) Senhor.

c) Serviçal.

d) Senhora.

11 – Todo o diálogo revela uma característica muito comum entre os habitantes das grandes cidades. Qual característica é essa?

a) Amor aos bens materiais.

b) Medo da violência.

c) Poluição das grandes cidades.

d) Solidão e ausência da família.

12 – Pelo texto, o que fez a mulher perceber que o homem recomeçou a fumar?

a) A distância do pai.

b) A morte do pai.

c) O fim do romance.

d) Os comprimidos.

13 – O diálogo introduz aos poucos, muitas informações sobre as personagens. Isso revela que:

a) Eles já se conheciam há muito tempo.

b) Eles não simpatizavam um com outro.

c) Eles possuíam hábitos em comum.

d) Eles sabiam muito da vida um do outro.

14 – De acordo com o que você compreendeu acerca da crônica, é possível afirmar que:

a) Um texto só pode ser considerado crônica se ele estiver publicado em um jornal ou em uma revista.

b) Um texto pode ser considerado crônica por apresentar algumas características peculiares a esse gênero, como a ligação a algum fato do cotidiano, as marcas de subjetividade do autor, entre outros.

c) Um texto pode ser considerado crônica sempre que for narrativo, apresentar marcas de oralidade e determinações do tempo e do lugar onde foi produzido.

15 – Observe o trecho em destaque abaixo e explique, de acordo com a sua opinião e baseado na leitura do texto, por que o autor afirma que o lixo é comunitário e social. “Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social”.

Resposta pessoal do aluno.

16 – O texto é construído com base nas informações que o cronista colhe nos lugares que percorre cotidianamente. Que fato desencadeou os acontecimentos narrados na crônica?

Nessa crônica em especial, vemos como o autor parte de um fato bem comum, do dia-a-dia, o fato de ir colocar o lixo fora, para elaborar um enredo em que os personagens acabam por interessar-se um pelo outro à partir de seu diálogo sobre o lixo.

17 – Existe marcas de oralidade nessa crônica? Confirme com um trecho do texto.

Nesta crônica, o diálogo é o elemento mais marcante de todo o texto, o que implica em uma grande presença da oralidade, através não só de marcas estruturais, como a pontuação.

Ex.: “-- Eu sei. Mas tenho visto uns vidrinhos de comprimido no seu lixo...

-- Tranquilizantes. Foi uma fase. Já passou.”



 

quarta-feira, 16 de junho de 2021

PROTAGONISMO JUVENIL


 
Atitudes para manter as boas condições de uma escola:

1. Jogar o lixo no lixo;
2. Manter as paredes sem pichações;
3. Organizar as carteiras na sala de aula;
4. Limpar a lousa;
5. Não depredar o patrimônio escolar;
6. Preservar os trabalhos expostos pelos colegas;
7. Manter as carteiras, o chão e as paredes limpas;
8. Não destruir e nem se apropriar de bens de terceiros.

ATIVIDADE - Elaboração de Cartaz TEMA: Conservação do Patrimônio Escolar. Você também pode criar frases e desenhos que expressem essas atitudes. Envie para a professora quando concluir.




Protagonismo Juvenil



 

quinta-feira, 3 de junho de 2021

ELETIVA CONSTRUINDO MEUS SONHOS





Indicação da aluna Laura 8ºB

Indicação da aluna Alanna 8º B



                     Indicação do aluno Marcos Vinícius 8ºB

Aulas 13 e 14

 Elementos da conclusão do discurso Reconhecer os elementos da conclusão de um discurso;  Delimitar a conclusão de um discurso. “A primeira ...