terça-feira, 29 de junho de 2021
segunda-feira, 28 de junho de 2021
ORIENTAÇÃO DE ESTUDOS
Mobilização dos conhecimentos prévios
1. O que vocês sabem sobre o continente africano e a escravidão?
Resposta pessoal. Professor(a), explore com os(as) estudantes o que é um continente a fim de queles(as) possam situar-se diante do que foi lido.
3. Em qual (is) componente(s) curricular(es) você estudou sobre esses temas?
Resposta provável: História, Geografia, Sociologia, Língua Portuguesa.
4. Em quais tipos de manifestações artísticas eles aparecem? E qual sua influência na cultura brasileira?
Resposta provável: música, dança, pintura, poesia, literatura etc.
5. Observe a figura a seguir e responda: o que ela representa?
Resposta pessoal. Espera-se que os(as) estudantes respondam que ela representa a sociedade escravista.
https://pixabay.com/pt/illustrations/pintura-arte-d%C3%A9cada-de-1690-80648/. Acesso em: 09 out. 2020
6. Analisando a
imagem apresentada, como se caracterizava a sociedade da época?
quinta-feira, 17 de junho de 2021
CRÔNICA
O LIXO
Luís Fernando Veríssimo
Encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo.
É a primeira vez que se falam.
-- Bom dia...
-- Bom dia.
-- A senhora é do 610.
-- E o senhor do 612
-- É.
-- Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
-- Pois é...
-- Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo...
-- O meu quê?
-- O seu lixo.
-- Ah...
-- Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena...
-- Na verdade sou só eu.
-- Mmmm. Notei também que o senhor usa muito comida em lata.
-- É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar...
-- Entendo.
-- A senhora também...
-- Me chame de você.
-- Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim...
-- É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas, como moro sozinha, às vezes sobra...
-- A senhora... Você não tem família?
-- Tenho, mas não aqui.
-- No Espírito Santo.
-- Como é que você sabe?
-- Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.
-- É. Mamãe escreve todas as semanas.
-- Ela é professora?
-- Isso é incrível! Como foi que você adivinhou?
-- Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.
-- O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.
-- Pois é...
-- No outro dia tinha um envelope de telegrama amassado.
-- É.
-- Más notícias?
-- Meu pai. Morreu.
-- Sinto muito.
-- Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos não nos víamos.
-- Foi por isso que você recomeçou a fumar?
-- Como é que você sabe?
-- De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.
-- É verdade. Mas consegui parar outra vez.
-- Eu, graças a Deus, nunca fumei.
-- Eu sei. Mas tenho visto uns vidrinhos de comprimido no seu lixo...
-- Tranquilizantes. Foi uma fase. Já passou.
-- Você brigou com o namorado, certo?
-- Isso você também descobriu no lixo?
-- Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora.
Depois, muito lenço de papel.
-- É, chorei bastante, mas já passou.
-- Mas hoje ainda tem uns lencinhos...
-- É que eu estou com um pouco de coriza.
-- Ah.
-- Vejo muita revista de palavras cruzadas no seu lixo.
-- É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.
-- Namorada?
-- Não.
-- Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.
-- Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.
-- Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.
-- Você já está analisando o meu lixo!
-- Não posso negar que o seu lixo me interessou.
-- Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la. Acho que foi a poesia.
-- Não! Você viu meus poemas?
-- Vi e gostei muito.
-- Mas são muito ruins!
-- Se você achasse eles ruins mesmo, teria rasgado. Eles só estavam dobrados.
-- Se eu soubesse que você ia ler...
-- Só não fiquei com eles porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?
-- Acho que não. Lixo é domínio público.
-- Você tem razão. Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?
-- Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...
-- Ontem, no seu lixo...
-- O quê?
-- Me enganei, ou eram cascas de camarão?
-- Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.
-- Eu adoro camarão.
-- Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode...
-- Jantar juntos?
-- É.
-- Não quero dar trabalho.
-- Trabalho nenhum.
-- Vai sujar a sua cozinha?
-- Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.
-- No seu lixo ou no meu?
Entendendo a crônica:
01 – É possível concluir, a partir da leitura do texto que:
a) O lixo produzido pelas pessoas é um dos maiores causadores dos problemas ambientais urbanos.
b) É preciso acondicionar corretamente o lixo para evitar os problemas ambientais.
c) O lixo pode ser uma fonte de informação sobre as pessoas que o produzem.
d) É possível apaixonar-se pelo lixo do outro.
02 – O texto é uma crônica porque:
a) É um texto leve e bem humorado, com linguagem acessível e marcas da oralidade.
b) É um texto leve e bem humorado, rico em vocabulário elevado e cheio de expressões antigas.
c) É um texto elaborado para ser publicado em livro e, por isso, apresenta uma ligação com o momento em que foi realizado.
d) É um texto literário e repleto de recursos poéticos, como metáforas e metonímias.
03 – Há identificação do tempo e do lugar de onde acontecem os fatos narrados?
A identificação de tempo e de lugar também é muito vaga, pois podemos apenas identificar trata-se de um prédio de apartamentos, pela forma como os personagens se referem (a senhora do 610, o senhor do 612).
04 – Onde aconteceu o primeiro encontro das personagens?
a) Dentro do apartamento.
b) Na área de serviço.
c) Na cozinha.
d) No quarto do senhor do 612.
05 – Em “Isso” é incrível! Como você adivinhou? O elemento destacado retoma qual informação no texto?
a) Envelopes no lixo da senhora.
b) Família da senhora.
c) Indiscrição do senhor.
d) Pai da senhora.
06 – De acordo com o texto, qual elemento que faz o senhor chegar à conclusão que a senhora tinha brigado com o namorado?
a) Buquê de flores jogado no lixo.
b) Carteira de cigarros amassados no lixo.
c) Fotografia rasgada.
d) Telegrama amassado no lixo.
07 – Qual a finalidade do texto?
a) Anunciar a importância do lixo.
b) Informar um fato acontecido na rua.
c) Relatar conflitos entre vizinhos.
d) Relatar um início de um relacionamento.
08 – O rompimento do namoro do homem foi revelado:
a) Pela fotografia.
b) Pelas cartas amassadas.
c) Pelo buquê de flores.
d) Pelos poemas escritos.
09 – Qual foi o pretexto utilizado pelos personagens para o início da conversa?
a) A família.
b) O lixo.
c) O namorado.
d) O pai.
10 – Na oração “Na verdade sou só eu”, o “eu” se refere a quem?
a) Lixeiro.
b) Senhor.
c) Serviçal.
d) Senhora.
11 – Todo o diálogo revela uma característica muito comum entre os habitantes das grandes cidades. Qual característica é essa?
a) Amor aos bens materiais.
b) Medo da violência.
c) Poluição das grandes cidades.
d) Solidão e ausência da família.
12 – Pelo texto, o que fez a mulher perceber que o homem recomeçou a fumar?
a) A distância do pai.
b) A morte do pai.
c) O fim do romance.
d) Os comprimidos.
13 – O diálogo introduz aos poucos, muitas informações sobre as personagens. Isso revela que:
a) Eles já se conheciam há muito tempo.
b) Eles não simpatizavam um com outro.
c) Eles possuíam hábitos em comum.
d) Eles sabiam muito da vida um do outro.
14 – De acordo com o que você compreendeu acerca da crônica, é possível afirmar que:
a) Um texto só pode ser considerado crônica se ele estiver publicado em um jornal ou em uma revista.
b) Um texto pode ser considerado crônica por apresentar algumas características peculiares a esse gênero, como a ligação a algum fato do cotidiano, as marcas de subjetividade do autor, entre outros.
c) Um texto pode ser considerado crônica sempre que for narrativo, apresentar marcas de oralidade e determinações do tempo e do lugar onde foi produzido.
15 – Observe o trecho em destaque abaixo e explique, de acordo com a sua opinião e baseado na leitura do texto, por que o autor afirma que o lixo é comunitário e social. “Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social”.
Resposta pessoal do aluno.
16 – O texto é construído com base nas informações que o cronista colhe nos lugares que percorre cotidianamente. Que fato desencadeou os acontecimentos narrados na crônica?
Nessa crônica em especial, vemos como o autor parte de um fato bem comum, do dia-a-dia, o fato de ir colocar o lixo fora, para elaborar um enredo em que os personagens acabam por interessar-se um pelo outro à partir de seu diálogo sobre o lixo.
17 – Existe marcas de oralidade nessa crônica? Confirme com um trecho do texto.
Nesta crônica, o diálogo é o elemento mais marcante de todo o texto, o que implica em uma grande presença da oralidade, através não só de marcas estruturais, como a pontuação.
Ex.: “-- Eu sei. Mas tenho visto uns vidrinhos de comprimido no seu lixo...
-- Tranquilizantes. Foi uma fase. Já passou.”
quarta-feira, 16 de junho de 2021
PROTAGONISMO JUVENIL
1. Jogar o lixo no lixo;
2. Manter as paredes sem pichações;
3. Organizar as carteiras na sala de aula;
4. Limpar a lousa;
5. Não depredar o patrimônio escolar;
6. Preservar os trabalhos expostos pelos colegas;
7. Manter as carteiras, o chão e as paredes limpas;
8. Não destruir e nem se apropriar de bens de terceiros.
quarta-feira, 9 de junho de 2021
quinta-feira, 3 de junho de 2021
terça-feira, 1 de junho de 2021
Defina os recursos para diferentes cenários:
• Vocês usariam microfone? Por quê? • Qual seria o tom de voz adequado para o cenário? • Que tipo de roupa escolheriam? • Usariam uma aprese...

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